20.11.08

Minas de Aljustrel


Que futuro para os trabalhadores?
Em 27 de Maio passado, José Sócrates e Manuel Pinho assistiam ao início simbólico da produção e actividade comercial das minas de Aljustrel. Com produção e comercialização sobretudo voltadas para a exportação. Na altura, foram feitos grandes encómios a esta iniciativa pelos governantes presentes. José Sócrates chegou a afirmar que este era um “investimento ideal” para o país e que estava garantido o funcionamento da mina “pelo menos por mais dez anos”. E augurou, então, um futuro risonho para a empresa e trabalhadores. Vários destes trabalhadores, com empregos estáveis noutras empresas, enganados, vieram para as minas da multinacional canadiana Lunding Mining Corporation, onde julgavam encontrar um emprego melhor e com futuro.Agora, passados seis meses, a empresa anuncia a suspensão da produção de zinco, devido, segundo a administração, ao agravamento da situação financeira, provocada pela “baixa cotação do zinco no mercado”. Centenas de postos de trabalho estão neste momento em causa, incluindo o trabalho directo e o subcontratado. Para o distrito de Beja, mas particularmente para Aljustrel, traduz-se num grave problema económico e social. Para os trabalhadores, um futuro incerto, provavelmente muito difícil. Entretanto, uma delegação dos mineiros de Aljustrel foi recebida no Ministério da Economia, declarando esperar respostas concretas sobre o futuro das minas. Mas não satisfeitos com as propostas do governo, decidiram manifestar-se à porta da residência oficial do primeiro-ministro. Veremos como o governo do PS, tão lesto a tentar resolver problemas a banqueiros e especuladores, descalça esta bota. Vai “nacionalizar” as minas de Aljustrel, como fez com o BPN?


Pedro Goulart

13.11.08

Bab Sebta dia 19 em Castro Verde



Projecção de "Bab Sebta" no dia 19 no Fórum Municipal de Castro Verde (organização Câmara Municipal de Castro Verde) às 21.30.



Os realizadores, Pedro Pinho e Frederico e Lobo, percorreram quatro cidades no norte de África e recolheram testemunhos de imigrantes que percorreram milhares de quilómetros até às portas de Ceuta, com o objectivo de concretizar o sonho de entrar na Europa.

"Bab Septa" significa "A porta de Ceuta", que é o ponto de chegada de milhares de imigrantes africanos rumo à Europa. Os dois realizadores visitaram Marrocos em 2005, quando as cenas de violência eram notícia em Ceuta, e aí nasceu a ideia de regressar para fazer o documentário.“Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras atravessam-se entre nós”, é a frases de abertura dum documentário que ouve relatos de gente que persiste no sonho de chegar à Europa, mesmo depois de sucessivas detenções e deportações junto à fronteira, seja pela polícia espanhola ou marroquina.Nas palavras dos autores este filme "parte em contracorrente a este fluxo dirigindo-se de Norte para Sul em busca dos migrantes que atravessam o deserto – heróis nómadas dos tempos que correm, em luta contra uma abstracção: a ideia de fronteira".

O documentário "Bab Septa", foi o vencedor da competição nacional do DocLisboa de 2008, tendo já antes sido premiado em 2006 no Concurso de Pesquisa e Desenvolvimento do ICAM (Instituto de Cinema Audovisual e Multimedia), e o prémio "Marseille Esperance" do Festival Internacional de Documentário de Marselha.

10.11.08

4 Noites 4 Filmes todas as 5º feiras



5.11.08

Passagem filme antes do concerto

A tourné de LOS DOLARES é um benefit para a criação de um fundo de apoio a imigrantes. Apareçe antes para ver o documentário de Sérgio Trefaut LISBOETAS
« Lisboetas é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou Portugal.
Lisboetas é o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num processo de transformação irreversível.
Lisboetas é um filme que rejeita o habitual tratamento jornalístico e aborda a experiência humana dos imigrantes da grande Lisboa de um ponto de vista cinematográfico.
Lisboetas é uma janela secreta sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida, a lugares onde nunca fomos e que estão aqui.
Lisboetas é um retrato por dentro. A palavra é dada aos recém chegados. Talvez por isso, como escreveu a crítica do “Público” Kathleen Gomes, “os estrangeiros aqui somos nós”.
Lisboetas não é um filme dogmático, mas é um filme incómodo e que deixa muitas questões em aberto - por que é difícil avaliar o quanto tudo mudou e ainda pode mudar. »

1.11.08

8 de Novembro