18.12.07

Lançamento da revista Húmus nº 4


Convívio e debate em torno desta publicação libertária Dia 22 de Dezembro – Sábado - 16 horas no Centro de Cultura Libertária Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto – Cacilhas – Almada http://www.culturalibertaria.blogspot.com/
Editorial do Húmus nº 4
Um período mais longo do que o habitual separou o lançamento deste quarto número da revista Húmus em relação ao seu predecessor. Felizmente, este espaço de tempo foi relativamente abundante em acontecimentos e projectos que apostaram em romper com o habitual marasmo conformista deste país em que a contestação fora dos limites estabelecidos e dos enquadramentos institucionais acaba quase sempre por parecer aos olhos de muitos como algo de exótico. Na tarde de 25 de Abril, precisamente quando o tradicional e rotineiro desfile comemorativo acabava de percorrer a Avenida da Liberdade, arrancou da Praça da Figueira uma manifestação antiautoritária, antifascista e anticapitalista, composta por cerca de cinco centenas de pessoas determinadas em fazer da Liberdade algo mais do que um nome de avenida, contra o domínio do Estado e do Capital sobre as nossas vidas e contra a crescente presença da extrema-direita na sociedade. Após o término do percurso do protesto no Largo de Camões, um grupo de centena e meia de manifestantes, que resolveu prolongar a manifestação, foi cercado e atacado pela polícia na Rua do Carmo, tendo resultado deste confronto vários feridos e onze detidos. Ainda no dia 29 desse mesmo mês de Abril foi ocupado em Coimbra um edifício pertencente aos antigos hospitais da universidade. O objectivo dos ocupantes era “a criação de um espaço diferente, de debate e convivência num ambiente anti-capitalista e anti-autoritário”. O projecto durou até ao dia 11 de Julho, quando o edifício foi desocupado pela polícia. No início de Junho, enquanto se realizava na Alemanha a cimeira do G8, também em território português várias iniciativas marcaram os protestos contra os poderosos deste mundo. Em Abril, em Aljustrel, e em Julho, no Porto, libertários de várias proveniências reuniram-se para debater e encontrar formas de superar os problemas de comunicação e união no “movimento” libertário. Foi mais um passo, não menos importante que outros que continuam a ter lugar, no sentido de criar lugares de debate entre anarquistas, que possibilitem uma maior comunicação e a criação de possibilidades de convergência na acção. Em Agosto, a acção do movimento “Verde Eufémia” contra os Organismos Geneticamente Modificados, através da destruição de um hectare de uma plantação de milho transgénico em Silves, interrompeu a calmaria do Verão, enfurecendo os defensores da propriedade privada e da “liberdade” de negociar à custa da biodiversidade e da saúde das pessoas. Em Outubro, a COSA – casa ocupada em Setúbal –, comemorou os seus sete anos de resistência com um programa vasto que incluiu, entre outras iniciativas, debates, emissões contínuas de rádio e mesmo um percurso pela memória anarquista da cidade de Setúbal. A manifestação de 25 de Abril e o episódio da ceifa de Silves seguiram-se de um alucinante circo mediático armado em torno dos mesmos. No primeiro caso, o total desconhecimento dos media em relação a quem eram e ao que movia os manifestantes deu lugar à invenção da notícia e a uma posterior “caça ao anarquista” em busca de matéria para escrever artigos sensacionalistas. Já no segundo caso, o movimento “Verde Eufémia” tentou servir-se dos media para veicular a sua causa, anunciando previamente aos mesmos a sua acção. As imagens da acção, repetidamente veiculadas por noticiários televisivos e por jornais, suscitaram uma reacção massiva dos escribas e porta-vozes do “Estado de Direito democrático” contra a violação da propriedade privada. Concluindo, o tratamento mediático dado a ambos os acontecimentos enquadrou-se maioritariamente na já frequente lógica de criminalização, folclorização e, assim, tentativa de isolamento dos contestatários, reconfirmando as limitações (ou impossibilidade?) das estratégias de utilização dos media por movimentos sociais que escapem às lógicas de participação-integração-neutralização democráticas. Neste contexto de totalitarismo democrático-capitalista, em que qualquer acção de contestação é rapidamente classificada pelos aparelhos mediático-policiais como perturbadora da “ordem pública”, logo “anti-democrática”, é de saudar o aparecimento de cada vez mais projectos de informação alternativa. Tão só nos meios libertários assistimos ao aparecimento de publicações impressas como o Pica Miolos, o Alambique e o Motim e de projectos como a Rádio Libertária on-line, para além dos inúmeros blogs e sites contra-informativos que vão povoando a Internet. O cenário editorial libertário é hoje mais fértil do que quando, há cerca de ano e meio, arrancámos com o projecto da revista Húmus. E, se de nós depender, esta tendência continuará a aprofundar-se.

Solidariedade com Atenco


No próximo dia 17 de Dezembro (segunda-feira) uma delegação da 'Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra' (México) vai estar na cidade do Porto, para uma palestra sobre o brutal genocídio praticado pelo governo mexicano em 2006 naquela cidade. Os membros da FPDT receberam em Espanha no passado dia 10, o 'Prémio de Direitos Humanos del Ayuntamiento de Pola de Siero', Asturias. A anteceder esta visita, vai ser promovida uma sessão de divulgação e angariação de fundos no JUP (para custear as despesas da deslocação). Será projectado um video que ilustra muito bem o que aconteceu em Atenco! PROGRAMA: QUINTA-FEIRA - dia 13 22.30H. JUP-Jornal Universitário do Porto - Rua Miguel Bombarda, 187 - projecção do documentário 'Atenco-Romper el Cerco' - exposição 'Atenco Libre' - petiscos mexicanos vgt para aguçar o apetite! SEGUNDA-FEIRA - dia 17 21.30H. Associação Terra Viva, Rua dos Caldeireiros, 213 (junto à Torre dos Clérigos) - VISITA/PALESTRA de Delegação da FPDT-Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra. Ambas as iniciativas têm entrada livre. Espero que possam fazer circular esta informação pelos vossos contactos e aproveito para vos convidar a estar presentes nesta acção de solidariedade com o povo de Atenco. Podem trazer desenhos ou pequenas mensagens de incentivo, que depois faremos chegar às muitas pessoas que ainda se encontram detidas no México. mais informações aqui: www.geocities.com/atencoresiste/

4.12.07

9 de dezenbro

30.11.07

8 de dezembro


7 de dezembro


26.11.07

É já no Sábado


24.11.07

A caminho da CasaViva dias 14 a 17 de Dezembro


CONVITE
Para contrariarmos a esperteza da raposa no galinheiro e não ficarmos cada um a seu canto a esgravatar terra.
Às vezes acorda-se sorridente, bem disposto, radioso. Noutras manhãs, tudo é cinzento, triste, irritante. A malta da CasaViva também experimenta estes dois acordares e toda a variedade de outros amanheceres que estão entre um extremo e o outro. Mas incomodamo-nos sempre. Todos os dias.
Sempre que paramos este permanente bulir que nos ensinaram que é o verdadeiro viver. Nesses momentos, ficamos frequentemente cabreados. Existiriam, decerto, formas mais eruditas de colocar a questão, mas o que está dito dito está e pareceu-nos mais simples fazer este acrescento do que procurar um sinónimo para uma palavra cuja abrangência de conteúdo só é permitida por ter a sua origem na sabedoria popular.
Chateia-nos viver num planeta com tanto para partilhar e que apenas é explorado em proveito da espécie dominante, tornando a usurpação e o abuso nos conceitos por onde se começa a definição de ser humano.
Aborrece-nos que nos tomem por parvos quando nos tiram direitos e nos dizem que é para nosso bem, como se os direitos que nos tiram se evaporassem e não fossem, como dizia Lavoisier, apenas transformados em direitos de outros.
Apoquenta-nos que nos controlem, nos vigiem, nos fichem, nos transformem em conteúdos de bases de dados, nos gravem, nos chantageiem, nos cortem o direito a contestar, nos façam a todos bufos e polícias.
Indigna-nos que tudo seja mercadoria. Negociável, transaccionável, passível de ser transformado em lucro.
Não pode ser.
O capitalismo, já todos o sabemos, é apenas esta liberdade da raposa no galinheiro. Também não é segredo que a força do predador aumenta na proporção directa da desunião entre as presas. No entanto, mesmo possuindo o diagnóstico, nunca tratamos da maleita. E a responsabilidade de tentar a aproximação entre todos os que acreditam numa mudança organizacional radical é nossa, dos suficientemente vivos para darem umas bicadas na besta, de forma a que, de dispersas e curáveis, se tornem mais eficazes, provoquem gangrenas e acelerem a morte do carcereiro. De outro modo, continuaremos cada um no seu canto, a esgravatar terra como quem se deixa paralisar pelo medo, e a sair esporadicamente, aplicar uma bicada e recolher.
Já houve várias tentativas de união de esforços. Redundaram quase sempre em grandes exercícios de retórica sobre a maior validade da minha forma de luta em relação à tua. Na melhor das hipóteses, acabaram numa lista electrónica de discussão também electrónica que se foi silenciando com o tempo.
Mas a desistência não pode fazer parte do vocabulário de nenhum de nós. Se a coisa não tem funcionado, talvez seja hora de procurar métodos diferentes para a fazer progredir. E, a nós, parece-nos que não é na conversa formal que a união verdadeira cresce. É nas acções que nos sentimos mais próximos. É em ambientes mais descontraídos que nos sentimos mais preparados para falar uns com os outros. É na rua e na festa que se criam laços e se constroem afinidades, onde se forjam verdadeiras redes de interesses e participação.
Interessado? Contacta:
CasaViva pç marquês de pombal, 167 porto

Permacultura: 1 e 2 Dezembro em Ferreira do Alentejo


Workshop de Permacultura
– 1 e 2 de Dezembro de 2007 – Ferreira do Alentejo – Centro Cultural Manuel da Fonseca
Sábado e Domingo das 10.00h. às 18.00 com almoço entre as 13.00h. e as 14.00h.
Inscrições (gratuitas) no Museu Municipal de Ferreira do Alentejo. Na Esdime por telefone (284 650 000/932950028 –natàlia), por fax 284 655 274 ou por e-mail; natalia.tost@esdime.pt

19.11.07

Informação, Desinformação!


14.11.07

Sábado dia 24 de Novembro








Sábado dia 24 pelas 17.00
no Club Aljustrelense

Partindo da apresentação do livro “Ardinas da Mentira” e do Jornal Popular “Mudar de Vida”, um convite à conversa com o seu autor, o jornalista Renato Teixeira, o colectivo Mudar de Vida, o colectivo do Indymedia pt., e o da revista Alambique de Aljustrel…

Um convite à reflexão e ao debate sobre o carácter propagandista da imprensa dominante, e um convite à criação de jornais e outros meios de informação alternativa.
«(…)O objectivo é então, a par de lançar o debate sobre a superestrutura dos meios de comunicação, da sua promiscuidade com o poder e desse modo com a mentira, lançar a discussão sobre as possibilidades da resistência neste particular, e partir para a rua com a experimentação dos frutos desse debate

(…) Os jornalistas devem colocar a si próprios a primeira questão: que fazer?
Ficar acoplado à ideia de que é possível disputar a luta pela verdade no mesmo tabuleiro dos donos da notícia, e estar, desse modo, disposto a ser ardina da mentira, ou antes partir, de armas e bagagens, para a trincheira onde estão os dispostos a combater o apagamento organizado da memória colectiva?

(…) Porque a liberdade não está ao alcance de quem a entende mas de quem a detém, tal qual dizia uma das frases inscrita nas paredes da República Prá-kys-tão: “liberdade é a palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, nem ninguém que não entenda”.»
de “Ardinas da Mentira” de Renato Teixeira, edições Dinossauro, 2007
Segue-se janta vegetariana e pela noite adentro…

Drum’n’Bass e Hard Stepping DUB

directamente pela BADMOOD Crew com

NSEKT e DUB_BUD


Ateliers de Permacultura


Workshops de Permacultura (org. GAIA- Centro de Convergência e ESDIME)

1 e 2 de Dezembro em Ferreira do Alentejo

e já nos próximos dias 24 e 25 de Novembro em Vale del Rei / São Martinho das Amoreiras (Sábado e Domingo das 10.00h. às 18.00 com almoço entre as 13.00h. e as 14.00h)
Alojamento; (opcional): Dormida (pequeno almoço incluído) – Camarata - 10€/pessoa Quarto de Casal - 20€/pessoa) - Precisa-se confirmação até dia 21 de Novembro
Refeições: (opcional) 7€ cada (possibilidade de prato vegetariano) – Precisa-se confirmação até dia 21 de Novembro.


Inscrições; (gratuitas)

Programa detalhado e Fichas de inscrição:

Na Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras e no Centro Social de São Martinho das Amoreiras; Na Esdime por telefone (284 650 000/932950028 –natália), por fax 284 655 274 ou pelos e-mail: natalia.tost@esdime.pt, andrevizinho@gaia.org.pt ou ruimendesferreira@gmail.com.

12.11.07

Concerto dia 17 Novembro



Concerto dia 17 de Novembro

org. Club Aljustrelense

JUNKIES RUNNING DRY

EMPTY BOTTLES

UNPREDICTABLE

6.11.07

À conversa no próximo Sábado


Os transgénicos chegam ao palco


Os Transgénicos estão em todo lado, agora também no palco português!!!
Vem participar numa peça espectacular!
Durante o mês de Novembro vamos criar no Centro Social da Mouraria uma peça sobre transgénicos,com elementos de Teatro-Forum,para apresentar em escolas, na rua e junto das comunidades
Durante o workshop vamos:
aprender sobre os transgénicos
criar uma peça
escrever o texto
trabalhar na expressão corporal e de voz
criar um cenário (música, adereços, imagens)
O workshop é gratuito, mas exige comprometimento e disponibilidade durante os ensaios e as exibições
Escrever carta de motivação para eclipsearte@gmail.com ou csm@gaia.org.pt
As datas de ensaio serão definidas no primeiro encontro, dia 7 de Novembro no Centro Social de Mouraria

2.11.07

10 de Novembro

“República, Liberdade e Fraternidade:
o local (Aljustrel) como espaço de análise de um conflito (1910-1933)”
por Paulo Guimarães

31.10.07

Já há um blog da crise soci@l zine.



Já há um blog da Crise Soci@l, fanzine anarquista aqui da zona. Há muito que se queria criar a crise social em formato digital. Este blog pertende ser informativo, de actividades que se vão realizando em todo pais e fora e tambem divulgar novos projectos, desde fanzines, concertos, livros, cd's, novas bandas,etc.....


22.10.07

CCA Gonçalves Correia em Novembro...


Aqui ficam preliminarmente o anúncio das actividades para Novembro do CCA e de que daremos conta com os devidos pormenores mais adiante neste blog e por outros lados…


Dia 10 de Novembro
“República, Liberdade e Fraternidade: o local (Aljustrel) como espaço de análise de um conflito (1910-1933)”.
por Paulo Guimarães

Dia 24 de Novembro
Apresentação do livro “Ardinas da Mentira” e do Jornal Popular “Mudar de Vida”. Um convite à reflexão e ao debate sobre o carácter propagandista da imprensa dominante, e um convite à criação de jornais e outros meios de informação alternativa.
Por Renato Teixeira e outros.

19.10.07

Concertos 31/10 - ETACARINAE/EXKUMALHA


26 de Outubro, 19horas:Casa Viva (Porto) com Deskarga Etilika.Entrada livre
27 de Outubro, 17horas:Espaço Centro de Desastres (Anjos, Lx) com Disastro-Sapiens e 2 Semicolcheias Invertidas.3 DIY's (benefit para para projectos editoriais e para etacarinae)
31 de Outubro, 21horas:Club Aljustrelense (Aljustrel) com Exkumalha

17.10.07

Cancelamento do concerto dia 23

Devido ao cancelamento de 3 datas em Espanha, e de não haver alternativas por ser tão em cima, os Flippin' Beans cancelaram a tour na totalidade. Voltam para o ano, em Abril...

10.10.07

Este fim de semana em Setúbal

6ª-FEIRA, dia 12
às 16h Apresentação do jornal MOTIM Conversa informativa sobre ANTÓNIO FERREIRA Debate sobre Solidariedade Revolucionária Tasca Bela Vida (sem criados nem servidos; sem cozinheiros nem convidados; E SEM DINHEIRO; O que há em cima da mesa é o que todos trouxermos) Projecções de FILMES autoproduzidos (se tiveres curtas que queiras mostrar, envia-nos, contactando para o email em baixo)
SÁBADO, dia 13
11h- Passeio pela memória histórica ANARQUISTA de Setúbal com Pic-nic (Traz comida ou traz 1 êrico) 15h- workshop de Fechaduras 17h- Conversa sobre Anarquistas e os MEDIA 21h- Emir & Tabu Marionetas Jantar de Aniversário Concerto acústico com Mário Trovador & Bailarico com GiJeis
DOMINGO, dia 14 14h- passeio pela ARRÁBIDA com identificação de plantas 17h- conversa sobre TGV e outros PIN (Projectos de Interesse Nacional) 72 horas de rádio a bombar! Aqui há gato; deixa os cães em casa info e distribuidoras Se quiseres dormir por cá, traz tenda e saco-cama
Casa Okupada de Setúbal Autogestionada R. Latino Coelho, nº2 Bairro Salgado SETÚBAL
Vamos lá estar com o ALAMBIQUE...

9.10.07

Concerto dia 23 Flippin'Beans


8.10.07


A "grupa" feminina do CCA anda á procura de bandas constituidas por raparigas para tocar um dia destes no clube aljustralense. Para além da música gostaríamos de juntar, a esta possível actividade, um debate sobre um tema ainda a definir. Se estiveres interessada contacta-nos.

28.9.07

Lançamentos do Alambique


O projecto CCA Gonçalves Correia de Aljustrel apresenta a sua publicação

ALAMBIQUE
Aparece para a sua apresentação com conversa e convívio com açorda alentejana…

Dia 4 (quinta) em Aljustrel no Clube Aljustrelense pelas 20.00


Dia 5 (sexta) em Cacilhas, Almada no Centro de Cultura Libertária pelas 17.00.
rua cândido dos reis 21 http://culturalibertaria.blogspot.com/

Dia 6 (sábado) no Porto na Casa Viva pelas 20.00
praça marquês pombal 167 http://www.casa-viva.blogspot.com/

25.9.07

Dia 4 de Outubro


21.9.07

Início das actividades




As actividades pelo clube aljustrelense irão dar início pelo dia 4 de Outubro, com o lançamento do Alambique, a nova publicação confeccionada por estas bandas. Esta mesma apresentação também andará pelo CCL (Cacilhas) no dia 5 de Outubro e pelo Porto, na Casa Viva no dia 6.


Por agora fiquem com o editorial do Alambique



Alambique, s.m. [do ár. ‘anbiq] –
1. Aparelho próprio para realizar destilações –
2. Fig. Aquilo que serve para apurar ou aprimorar

Depois de alguns meses em fermentação o ALAMBIQUE começa a destilar.

Esta é uma publicação que surge do projecto anarquista Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia, que se movimenta entre Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Castro Verde e restante Baixo Alentejo. Já em 2003 o CCA de Ferreira do Alentejo juntara na difusão do pensamento libertário diversos companheir@s da região. De há um ano para cá, ressurge o CCA, agora denominado Gonçalves Correia (em nome da mais renomeada herança anarquista da zona), junto do Club Aljustrelense, espaço que periodicamente abre portas às nossas iniciativas.

Os objectivos: estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca. Dar viva voz ao protesto.

O ALAMBIQUE surge depois de um ano de actividades no Clube, onde o projecto assentou arraiais. A necessidade de dar a conhecer o que fazemos, de sair portas fora tornou-se ao longo deste tempo algo imperativo. Não apenas com vista a um alcance maior, mas para quebrar com a passividade de nos fecharmos num getho, numa tribo, com os mesmos de sempre. Nesse sentido o Club Aljustrelense só por si, é isso mesmo: um clube. E o nosso projecto pese querer contribuir sobremaneira para a sua dinamização, nunca pretendeu encerrar-se na dinâmica fechada de um espaço que tem a sua vida própria com as suas virtudes e os seus defeitos.

Nesta nossa (des)construção afirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia. Queremos também, informal e livremente, que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.

1.7.07

Dia 13 de Julho NATUREZA MORTA em Aljustrel



Chamada de atenção para uma das sessões de cinema documental (promove C.M. Aljustrel) ao ar livre no próximo dia 13 de Julho (sexta-feira), pelas 22,00 horas, no pátio do Museu Municipal. A entrada é livre. O Filme é o NATUREZA MORTA de Susana Sousa Dias, e estará presente a realizadora para uma conversa sobre o mesmo.
NATUREZA MORTA
PRÉMIO ATALANTA FILMES PARA MELHOR DOCUMENTÁRIO PORTUGUÊS- DOCLISBOA 2005
sinopse: Dentro de uma imagem esconde-se sempre outra imagem. Utilizando apenas materiais de arquivo e sem recorrer a palavras, Natureza Morta pretende redescobrir e penetrar na opacidade das imagens captadas durante os 48 anos da ditadura portuguesa (actualidades, reportagens de guerra, documentários de propaganda, fotografias de prisioneiros políticos, mas também rushes nunca utilizados nas montagens finais), permitindo a sua reabertura a diferentes leituras.

27.6.07

Anarko Punk Fest em Odemira Dia 14 Julho

Dia 14 de Julho na Boavista dos Pinheiros,

logo a seguir a Odemira na estrada para o Algarve, o CCA Gonçalves Correia promove uma Anarko Punk Fest. Levar a agitação, a informação e o ruído a todo o Alentejo!!!
pelas 16.00 projecção do documentário
"Memória Subversiva.
Anarquismo e Sindicalismo em Portugal 1910-1975"
seguido de debate com a presença de um dos seus autores José Tavares
alargado ao mote
"Anarquismo: da memória ao presente"
à noite Concerto com
Violência Violeta / Abandalhados / Disastro Sapiens / IAC / Disgraça

sobre o Documentário:
"... Pretendeu o José Tavares e Stefanie Zoche honrar a presença, num filme, de alguns militantes idosos, dos 80 aos 100 anos, aqueles que conseguiram sobreviver à tremenda luta travada contra o fascismo e os capitalismos internacionais, em especial os heróis sobreviventes da Colónia Penal do Salazarismo, onde vários deles fizeram mais de 10 anos de cativeiro, sem processo formado, ouvindo permanentemente os carcereiros afirmar que aqueles presos nunca mais iriam ver a Liberdade, porque o governo salazarento os tinha mandado para lá morrerem. Dizem que foi a um padre que o ditador mandou escolher este local porque era riquíssimo em mosquitos pestíferos, com a tuberculose entre pessoas e gados de abate. Existia um médico na colónia penal que em vez de exercer funções humanitárias, realizava as de carrasco. Neste campo infernal morreu a flor dos militantes anarquistas e anarco-sindicalistas (para além doutros militantes de diferentes sectores políticos e revolucionários). A maior parte dos prisioneiros que conseguiram ver a liberdade, morreram pouco depois pelos achaques e maleitas adquiridas nessa maldita colónia.

Podemos bradar aos quatro ventos, sem possível desmentimento, que se não tivesse existido Tarrafal, nem tremendas repressões fascistas não se apresentaria tão dizimado como está hoje o nosso movimento anarquista. Não tivemos ajuda de nenhum imperialismo Oriental, nem das repúblicas democráticas. Os povos que nos poderiam ajudar, como o Espanhol, o Italiano, o Argentino, o Brasileiro, etc., estavam também a ser amarfanhados por diversos tipos de fascismo.

Obrigado José Tavares e Stefanie por se terem lembrado de perpetuar na tela a presença deste grupo, cuja maioria são os heróis de lutas ciclópicas em favor da Humanidade, do Amor, do Progresso e da Libberdade.

Viva a Emancipação Integral da Humanidade..."
por José de Brito
"... Neste filme, uma geração de homens e mulheres, hoje entre os 70 e os 80 (há-os centenários!), fala ainda e sempre, com veemência e a exaltação da juventude que neles não se extinguiu, da alegria e do voluntarismo revolucionários. Nesta época da conformação mais rasteira travestida de pobres emblemas exteriores (grotescas modas ousadas...), eis-nos aqui perante perante uma fala humana que até nas suas mais pungentes fragilidades se mostra superior ao pretensioso palavreado pós-moderno, asséptico e invertebrado. É certo que já só a poderá escutar quem for capaz insubmissão perante a cangalhada social – porque a revolta é a plataforma mínima de que partem estes incorrigíveis anarquistas da região portuguesa que José Tavares e Stefanie Zoche ouviram, com visível empenho, num longo périplo pela memória da subversão deste século. Para além do mais, a verticalidade de tais homens e mulheres ompõem-se como constraste luminoso numa época de apalhaçadas gesticulações..."

por Júlio Henriques

19.6.07

Pik-nik na barragem do roxo [ervidel] 23/06/07


O C.C.A. promove encontro/convívio, fora do espaço físico que o acolhe, desta vez na Barragem do Roxo [perto de Ervidel] com várias actividades entre ela a limpeza de zonas mais poluídas nas imediações da barragem. O encontro está marcado para as 10h30 na Barragem.
Toda a ajuda é bem vinda.

12.6.07

Dia 16 Pelo KÖPI em Aljustrel !




LUTA SOLIDÁRIA pelo KÖPI !!!
Centro Social Autónomo em Berlim em perigo de se perder!

No dia 8 de Maio 2007, o KÖPI - Centro Social Autónomo de Cultura em Berlim e respectivo parque onde vivem instaladas pessoas em todo o tipo de veículos moveis (wagenburg), foi vendido a uma empresa privada de nome - " Plutonium 114". Passados 17 anos de determinante dedicação colectiva em actividades culturais e políticas sem fins lucrativos, este projecto está mais uma vez severamente ameaçado de ser banido pelo o interesse e acção de corporações capitalistas em "aliança" com o Estado Alemão. O KÖPI foi vendido em leilão, ainda sob dúbias condições de legalidade, uma vez que existem contratos de arrendamento habitacional legais. O leilão foi mantido em segredo até ao dia de execução, não foi sequer publicado no tribunal distrital local (onde mais tarde teve lugar), tal como deveria ter sido, supondo os processos legais. Os mais de 100 habitantes nos números 137 e 138 da Köpenickerstr em Berlim Mitte, (zona central de Berlim), não foram consultados antecipadamente sobre a futura privatização dos seus lares legalmente arrendados, o que os restringiu de qualquer hipótese de negociação com o principal credor. Desde o início do processo que levou à actual situação, várias pessoas tem sido ameaçadas e violentadas pela policia. Quer em acções directas públicas reivindicativas, quer em inesperadas rusgas policiais às próprias habitações, aos habitantes e outros indivíduos que hipoteticamente aparentam estar relacionados com o movimento, também tem sido alvo de repressão diariamente em ocasiões inesperadas de maior fragilidade.

Há 7 anos, o KÖPI sofreu a primeira ameaça e tentativa de compra. Esta não teve sucesso graças ao apoio e resistência massiva demonstrados a nível internacional por pessoas e colectivos solidários. Considera-se que o vasto numero de actividades, eventos, manifestações e confrontos directos para com os então reais investidores e interligadas entidades envolvidas, tenham feito recuar os próprios objectivos de privatização. A isso deve-se o facto de o KÖPI ter prevalecido até hoje em grande entusiasmo e motivação. O mesmo recuo e retirada pela parte dos iminentes compradores é o que se pretende conseguir mais uma vez, e para isto é necessário, e urgente, todo e qualquer tipo de suporte!
Hoje dia 12 de Junho de 2007 é o dia de Acção Global em Apoio ao KÖPI!! Neste dia, é indiscutivelmente necessário suportar o KÖPI com actividades pelas cidades e localidades. É extremamente importante demonstrar através de variadas acções por todo o mundo que:

O KÖPI NÃO RESISTE A SÓS! Manifestações, outras acções espectaculares junto as embaixadas e consulados da Alemanha, companhias privadas alemãs, bem como institutos e associações de cultural alemã de projecção no estrangeiro, serão apropriados alvos de reivindicação e revolta. Propõem-se posters, panfletos, grafittis, actividades performativas e todo o tipo de intervenções intravenosas que se rebelem pelo KÖPI! Festas e concertos de beneficência são impreterivelmente bem vindos!

16 de JUNHO 2007 Manifestação em Berlim, e mais perto conversa e festa benefitt em Aljustrel!!

É preciso que se mantenha e multiplique a agitação, revolta e rebeldia pela a permanência do KÖPI como importante centro social autónomo que é. Sobretudo, não deixaremos que o KÖPI se torne um objecto atractivo para a especulação! NAO À PRIVATIZACAO DO KOPI! ... É completamente irrelevante quem é o seu actual comprador!
O KÖPI PREVALECE, UNIDO CONTRA O CAPITAL!

Mais info: www.koepi.squat.net Doações podem ser feitas por transferência: SKI e VIBAN: DE26100100100671802102, SWIFT/BIC: PBNKDEFF

Pensa globalmente, actua localmente
16 junho-Clube aljustrelense. Desde as 19 Hrs.

Benefit kopi - conversas sobre G-hate,

Domínio mundial, controle e repressão...
Lançamento do livro "Guerra? Qual guerra?!"
Jantarada Vegana.
Concerto
:

ESKUMALHA (punk da figueira dos cavaleiros)
PROTESE INVOLUNTÁRIA (punk de todo o lado dos caldos da rainha)
DISASTROSAPIENS (punk fudido de lá pós lados de Lixboa)

8.6.07

ECOTOPIA EM AGOSTO

Aproxima-se a realização do ECOTOPIA em Aljezur de 4 a 19 de Agosto. Informa-te sobre o mesmo. Lá nos veremos em Agosto. Umas notas acerca do mesmo…

O Ecotopia é um acampamento anual de activistas de toda a Europa e um encontro aberto a todas as pessoas interessadas em questões ambientais e de justiça social. É organizado pela EYFA (Juventude Europeia pela Acção) e por cá acolhido pelo GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental). É proposto como um local de aprendizagem, partilha de experiências e difusão de informação sobre questões ambientais, sociais e políticas, entre outras. O tema escolhido este ano são as migrações, que terão especial relevância nos dias 10, 11 e 12 de Agosto.

O Ecotopia é igualmente um modelo funcional de comunidade auto-sustentável que coloca em prática os princípios de um estilo de vida alternativo e mais amigo do ambiente: tomadas de decisão por consenso, reciclagem de lixo, refeições vegetarianas, uso de energias alternativas... Tem uma estrutura horizontal (não-hierárquica) e auto-organizada. Durante o acampamento todas as decisões são tomadas pel@s participantes no círculo da manhã e tod@s são responsáveis pela criação do programa, resolução de problemas e realização das tarefas diárias. De qualquer pessoa que se junte ao Ecotopia é esperado alguma ajuda na organização e funcionamento do encontro. Isto significa que cada uma deve tomar parte activa num dos grupos de trabalho diários de modo que as equipas possam rodar e tod@s no Ecotopia possam ter as mesmas possibilidades de trabalhar, participar nas oficinas e descansar. As pessoas voluntariam-se para ajudar nas várias tarefas, tais como apanhar lenha, recolher água para os duches, escavar fossas para os sanitários, limpar, etc. Para realmente saberes o que é viver numa comunidade sustentável tenta realizar cada uma das tarefas pelo menos uma vez. Se vires algo que deva ser feito, fá-lo!

O Ecotopia funciona no sistema de ecotaxas, o que significa que cada um no Ecotopia paga pela comida o mesmo que pagaria no próprio país.

Ecotopia 2007 – As Migrações

As migrações não são algo novo. Desde sempre os povos deixavam os seu lares à procura de melhores condições de vida, tanto dentro como fora do seu país de origem. Mas hoje em dia tem-se vindo a tornar num tema cada vez mais sensível para os governos e para a sociedade em geral.


A globalização económica e a industrialização deram um novo “empurrão” à migração global. Uma vez que o modelo económico no qual vivemos exacerba as desigualdades entre nações, e coloca em risco as condições sociais e ambientais de muitos povos, a migração para muitos torna-se não numa escolha, mas numa necessidade. Temas como refugiados, fronteiras, ilegalidade, trabalho precário, êxodo rural, desertificação, racismo e muitos outros cada vez mais vêm à tona.


Na edição do Ecotopia de 2007 gostaríamos de focar o tema das migrações humanas, reflectindo nas suas causas, assim como no efeito e na reacção que provoca na sociedade e nas políticas governamentais, de diferentes perspectivas:

-Justiça ambiental e as deslocações ambientais causadas por razões humanas como a desflorestação, desertificação e seca, plantações (eucaliptos, agrocombustíveis, sumideiros de carbono) e alterações climáticas;

-Justiça social, abordando temas como a discriminação e ilegalidade, e salientando contradições como Globalização Versus migração ilegal, e a lógica do “bom emigrante” (socialmente aceite, turista proveniente de países ricos) Versus “mau emigrante” (que sofre discriminação, proveniente de países pobres).

-Reflexão sobre a influência da globalização económica neoliberal em ambos os casos anteriores.

17.5.07

FEIRA DA TROCA \\20\05\07_domingo

Trocar de roupa é a sugestão da Feira da Troca que continua a acontecer ao 3º domingo de cada mês a partir das 17H00 no parque infantil (perto do Rianço) em Messejana.

10.5.07

Folheto - "Contra o fascismo, Contra o capital"

Folheto sobre a repressão polícial no 25 de Abril de 2007, contendo os textos "25 de Abril", "comunicado sobre a manifestação antiautoritária contra o fascismo e contra o capital" e fotos da manifestação.


http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=128823&cidade=1

7.5.07

Sábado 26 - "Ghost Mice" no Club

Ghost Mice é uma banda folk-punk formada por dois integrantes vinda de Bloomington, EUA. Ghost Mice foi criado das cinzas da banda pop-punk anterior Operation: Cliff Clavin. Chris Johnston (mais conhecido como Chris Clavin) e Hannah, que tocavam guitarra e baixo respectivamente, decidiram fazer a produção acústica assim podendo viajar mais e tocar mais facilmente em quase todos os lugares.
Nas suas próprias palavras: "Nós tocamos 100% acústico. Nós nunca usamos amplificadores ou microfones (exceto uma vez no Plan-It-X Fest). Temos tocado juntos em bandas por cerca de 7 anos. Nós começamos o Ghost Mice em 2002 porque nós estávamos cansados de ser restritos. Nós estávamos cansados de ter que viajar em grandes vans e depender de amplificadores, sistemas PA e eletricidade. Com o Ghost Mice nós podemos viajar com pouca coisa e quase nada pra tocar. A gente toca frequentemente em quintais ou em esquinas de grande centros. Nós viajamos pelos EUA várias vezes e pela Europa (Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Áustria, França, Espanha, Bélgica, Inglaterra, País de Gales, Escócia, e Irlanda) a pé. Nós pedimos carona e pegamos trem para todos os nossos shows. Isso foi engraçado e bem libertador. Nós cantamos uma mistura de letras políticas e pessoais, somos anarquistas, dedicados ao faça-você-mesmo e à luta de fazer do mundo um lugar melhor. Nós tocamos música e viajamos por diversão e para conhecer novas pessoas. Música significa nossas vidas. Nós amamos viajar. Somos legais e um pouco tímidos."


Hannah deixou seu baixo a favor de um violino. As letras do Ghost Mice envolvem na maioria das vezes ter uma percepção positiva na vida; andar de bicicleta, comer comida saudável, amar, e ser punk são todos os tópicos cantados nas suas músicas. O slogan do Ghost Mice, "Punk as Folk" (algo como "Punk como o Povo"), é uma forma fantástica de descrever suas músicas, letras, e tudo que é Ghost Mice.
Materiais do Ghost Mice estão disponíveis através da gravadora do Chris Johnston, Plan-It-X Records ou através dos respectivos selos que os lançaram.

30.4.07

Concerto OI POLLOI é no Sábado


23.4.07

Convocatórias MANIF 25 de Abril Anti Autoritário


«Quando se prepara um novo Estatuto do Jornalista que prevê penas disciplinares para quem desagradar à Comissão de Carteira (exactamente a solução de HITLER) e estabelece regras de uma absoluta arbitrariedade.

Quando partidos de extrema-direita (digo extrema nojeira) colocam nas ruas outdoors racistas e xenófobos.

Quando a precariedade laboral obriga a uma politica do come e cala (não reclames nada se queres ver o contacto renovado).

Quando "NAZIONALISTAS" de toda a Europa se reúnem, festejam e manifestam mesmo à nossa porta.

Quando a banca e seguros apresentam lucros "MILIONÁRIOS" enquanto fabricas fecham colocando milhares de trabalhadores no olho da rua.

Quando valores como LIBERDADE e IGUALDADE são postos na gaveta como se fossem uma camisa que passou de moda.

Chega a altura de grita basta! Chega a altura de mostrar que ainda há cidadãos autónomos que valorizam a LIBERDADE e que são capazes de se organizar sempre que necessário sem o apoio do estado ou de qualquer partido!

Dia 25 de Abril às 18:00h vamos todos unir a voz na Praça da Figueira, para que até o maior português de sempre a possa ouvir debaixo das terras de Santa Comba Dão!»


«Vivemos dias negros do pior que o capitalismo tem para nos oferecer:
- Desemprego
- Precariedade laboral
- Perca de direitos dos trabalhadores
- Extrema direita
Após a derrocada do papão vermelho dos países “comunistas” aquilo que se pensava ser um dado adquirido, o Estado Previdência, começou a ceder ao grande capital. Sem o medo do crescimento dos partidos comunistas na Europa Ocidental começa a ofensiva a tudo aquilo que se pensava ser um direito democrático, a saber, direitos à saúde, ao trabalho (e reforma, subsídios) à justiça, educação, entre outros. Derrotado o inimigo vermelho, vê-se bem agora qual a verdadeira faceta da democracia, quem lucra com ela e quem ela dá espaço de manobra para nos amedrontar.
As reformas fiscais ficam-se por uma classe média cada vez mais pobre, enquanto as grandes empresas, sustentáculo deste circo, permanecem intocáveis. O novo código de trabalho, a reforma da função pública, o aumento do custo de vida, o desemprego e a precariedade laboral criam na sociedade um clima de medo e de suspeição. Sócrates, mestre na arte da manipulação mediática é especialista na velha divisa do “dividir para reinar”.
A culpa é atribuída à vez, aos professores, à função pública, à “crise mundial”, aos governos anteriores, etc. Convertem-se direitos em “regalias”, acabam-se as reformas, pretende-se que se trabalhe até aos 65 anos. O emprego estável acabou, a nós espera-nos uma vida de ansiedade sem saber bem qual vai ser o dia de amanhã sempre com o espectro do despedimento. É isto o capitalismo, é isto a democracia.
Explora-se a bom ritmo portugueses e emigrantes que só são bons enquanto estão ilegais visto que não se pretende enquadrar na sociedade essa mão de obra escrava que abunda por aqui.
Legaliza-se um partido nazi que nem 5 mil assinaturas reuniu para se formar, comprando o PRD e transformando-o em PNR. Esse partido nazi é legal e concorre para eleições. Isto enquanto casas okupadas são desalojadas por Portugal inteiro. A impunidade nazi cresce, os carecas que estavam presos (implicados na morte do africano Alcino Monteiro) já estão cá fora e muito contribuem para o crescimento do PNR e suas estruturas. A polícia, cúmplice ou pura e simplesmente incompetente fica impávida e serena a ver palhaços a exibirem armas (para as quais têm porte de arma legal cedido pela PSP).
As ameaças, as agressões nas ruas de Lisboa e subúrbios, as manifestações nazis e o seu folclore medieval tornam-se habituais. A propaganda fascista é legal e cresce em faculdades, escolas secundárias e outros espaços públicos. Zonas de divertimento nocturno como o bairro alto ou o cais do sodré estão infestadas de nazi-skins. Bares/discotecas como o tocsin ou o Disorder (sobretudo o Disorder, quase só exclusivamente frequentado por esta escumalha), são espaços onde se pode ver saudações nazis, agressões nas imediações, músicas de bandas com conteúdos racistas/xenófobos (inclusive discursos do tio Adolfo).Somos pela liberdade de expressão a quem a respeite, não a esses merdas, agiotas da miséria alheia, procurando através da sua demagogia primitiva culpar o “preto” ou o emigrante pela situação actual do país.
A culpa é do sistema capitalista, não das pessoas exploradas pelo mesmo. Os nazi-skins não passam de marionetas do capital, tropa de choque de exploradores de sentimentos decorrentes da miséria. São os IURD´S dos putos como a IURD é para as velhas.Terroristas que vivem do tráfico de armas e de droga. Terroristas que não hesitam em aterrorizar e perseguir os seus próprios camaradas que abrem os olhos e querem sair da cena nazi. Traidores como eles lhes chamam. Não é por acaso que se suicidam tantos.
No dia 25 de Abril participa na manifestação ANTI-AUTORITÁRIA contra o CAPITALISMO E O FASCISMO às 18:00 na Praça da Figueira.
Contra o sistema que para favorecer sempre os mesmos arrasta os outros à miséria,
Resistência! Apoio mútuo! Acção directa!Grupos Autónomos Anarquistas»

20.4.07

Sexta 27 Lançamento COICE DE MULA nº8



Próxima Sexta-Feira dia 27 de Abril pelas 21.00 lançamento do COICE de MULA nº8, seguido de conversa sobre o mesmo, seus propósitos e afins...

Como sempre esperamos por todos/as no Club Aljustrelense numa iniciativa CCA Gonçalves Correia.

Contacto CdM: jornal_coice_de_mula@hotmail.com

13.4.07

Este Sábado


10.4.07

Manifestação Anti Autoritária 25 de Abril Lisboa


Convocatória para uma manifestação anti autoritária,
Contra o Capitalismo, Contra o Fascismo

…/ Dia 25 de Abril, pelas 18 horas apelamos à participação activa num acto de resistência à farsa Nazionalista, que terá início na Praça da Figueira, depois da manifestação do 25 de Abril ter terminado.

Acreditamos que a impunidade e o à vontade com que os vários grupos “nazis” “fascistas” ou ditos “nacionalistas” agem tem de ser combatida aqui e agora, e sabemos que esse não é nem será nunca a tarefa de qualquer polícia ou instituição estatal, pelas suas afinidades e cumplicidades. A nossa denúncia é popular, não judicial.

Como tal, acreditamos que devemos exercer e expandir a autodefesa contra qualquer tipo de agressão por parte desses grupos que fazem o trabalho sujo que os capitalistas não querem fazer. Mas não nos esquecemos que quem financia tais grupos, quem os chama sempre que é preciso amedrontar os oprimidos, são os mesmos que controlam a economia, os estados e semearam a divisão, a desconfiança, a miséria e mantêm-nos presos no nosso medo, divididos nas nossas lutas, e “condenados” à derrota.

E è contra esses que dirigimos a nossa luta, ontem, hoje e enquanto existirem.

Esta manifestação, que é proposta por grupos libertários e autónomos, è aberta à participação de todas as pessoas e ideias que, de uma forma não partidária, desejam expressar a sua revolta e determinação, numa manifestação popular e unitária.

Queremos deixar bem claro que somos e seremos capazes de nos organizar para agir e reagir sempre que necessário. Desejamos que a manifestação seja uma prova de força e determinação, chegando até ao seu final sem problemas nem distúrbios. Mas nunca renunciaremos ao nosso direito de autodefesa.

Sabemos que ninguém é invencível, nenhum império, nenhum estado, nenhuma força de repressão, mas também sabemos que nada cai por si só.

Participemos todos na manifestação, activamente; os dias não estão para divisões, nem para apatia.

Dia 25 de Abril, unidos e organizados sem partidos nem estado. …/

Feira da Troca no Domingo (dia 15)

Continua o Trocal em Messejana. Aparece à tarde pelo parque infantil. Este domingo, a partir das 14h. se chover será no pavilhão...
e um novo blog:
http://www.reallifelog.com/trocar/
são convidados!
até lá

6.4.07

Debate: “Comunicação e união no movimento libertário”


Aljustrel - 14 de Abril 2007 - 17 horas

O Centro de Cultura Libertária vai organizar um encontro-debate que tem como objectivo reflectir sobre “Comunicação e união no movimento libertário”. O local da discussão será o Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia em Aljustrel, no dia 14 de Abril, pelas 17 horas. Com esta iniciativa pretendemos discutir problemas que pensamos afectarem o “movimento” libertário, nomeadamente a falta de informação e colaboração entre grupos. Temos algumas propostas a fazer, na tentativa de criar possibilidades de comunicação e união na acção, esperando que outras se venham juntar às nossas.
Para além do debate, contem com jantar e outras actividades criativas: sessão de poesia, finalmente, concerto de Disastro Sapiens.
Apareçam que é importante, contamos com a vossa presença.
Saudações libertárias!

Centro de Cultura Libertária
E-mail: ateneu2000@yahoo.com
Site: http://ccl.yoll.net
Endereço postal: Apartado 40 / 2800-801 Almada (Portugal)
Sede: Rua Cândido do Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada

3.4.07

Actividades de Abril

Começa na próxima sexta (dia 6) com a tour ruido na fossa a passar pelo Club com os DISGRAÇA e HABEMUS KAOS de espanha...
Uma semana depois - Sábado dia 14 - temos concerto com DISASTRO SAPIENS e FOCOLITUS que culminam a actividade benefitt para o Centro de Cultura Libertária de Almada. Antes o tema da conversa que se quer proveitosa é "comunicação e união no movimento libertário", e haverá janta vegetariana pelo meio
Para o final do mês finalmente o lançamento do último número da publicação Coice de Mula (9), a motivar uma conversa e podendo proporcionar-se a passagem ainda de algum vídeo...
e Maio vai começar em grande com OI POLLOI e VIOLÊNCIA VIOLETA dia 5 Maio, desta feita no Sindicato Mineiro... antes e pela tarde o anarko punk vai aquecendo com Conversas e Exposições pelo Clube Aljustrelense

Os detalhes vão sendo actualizados por aqui.

Oi Polloi em MAIO antiauTOURidade: http://antiautouridade.blogspot.com/


23.3.07

A 14 de Abril..

No próximo dia 14 de Abril o Centro de Cultura Libertária de Almada irá promover em Aljustrel, no Club Aljustrelense em colaboração com o CCA, uma conversa em torno de "Comunicação e união no movimento libertário".

Da nossa parte notamos que o assunto surge da urgência e vitalidade que alguns colectivos e indíviduos tem procurado chamar a atenção ao que (por falta de outras palavras) designariamos de movimento libertário. Sem demais pretensiosimos, tal como outros debates e troca de ideias que já tiveram lugar como foi exemplo a "sessão inaugural" do CCA em Aljustrel sobre "espaços autogestionados..." (ver arquivo blog Setembro).

Após a conversa haverá janta e outras actividades a anunciar em breve, tal como outros detalhes para a conversa desse dia.

Centro de Cultura Libertária:
ateneu2000@yahoo.com

22.3.07

Notas sobre as atividades de denúncia da guerra na Tchetchênia em Portugal e Espanha

blog sobre a guerra na Chechênia e os movimentos de resistência a este conflito: www.chechenialivre.blogspot.com

Notas sobre as atividades de denúncia da guerra na Tchetchênia em Portugal e Espanha

Entre os dias 15 de fevereiro e 03 de março foram realizadas uma série de atividades de denúncia da guerra na Tchetchênia em Portugal e Espanha: conversas, debates, exibição de filmes e fotos relacionados a um dos conflitos mais intensos e silenciados na atualidade. Enquanto a invasão do Iraque e o genocídio de seu povo é televisionado e noticiado para o mundo, a guerra na Tchetchênia escapa aos documentaristas e aos jornalistas – mesmo porque as estratégias de terrorismo de Estado em curso na Rússia impossibilitam os poucos trabalhos e as poucas vozes dissonantes possíveis neste momento. Dessa maneira procuramos alguns centros de cultura social para compartilhar as informações sobre a guerra na Tchetchênia – informações sintetizadas na publicação “Terrorismo de Estado na Rússia: a guerra na Tchetchênia nos descaminhos da indústria da violência”, organizada a partir da Ação Literária pela Autodeterminação dos Povos, e que resultou de longas pesquisas, ações e vivências na Rússia com movimentos anti-militaristas e ativistas ligados à defesa dos direitos humanos na Tchetchênia. Tanto em Sevilha e Málaga (Espanha), como nas cidades do Porto, Aljustrel e Lisboa (Portugal), encontramos movimentos e coletivos que nos receberam com comovente solidariedade – e que demonstraram a viabilidade prática e cotidiana dos princípios de autoorganização, ação direta e luta anti-capitalista na ocasião dos encontros, nos debates e na hospitalidade. Os frutos desses encontros não colheremos neste momento, até porque o tema da guerra na Tchetchênia foi abordado sempre de maneira ampla. Procuramos estimular outras temáticas, trocar materiais e publicações diversas, dinamizar os espaços de luta social e semear futuras ações e intervenções. Assim, agradecemos a todos pelo auxílio e pela possibilidade de realização destas atividades, e esperamos até o mês de agosto realizar outras intervenções que possam celebrar a vida e a resistência nas terras do norte.

Mais Notas e textos em
e ainda em

21.3.07

Concerto dia 6 de Abril

As actividades desse mês dias 14; 24; 28 e 5 de Maio serão em breve anunciadas...

7.3.07

Concerto dia 16


23.2.07

Folheto "O Terrorismo de Estado na Rússia..."

Hoje no Clube Aljustrelense, amanhã e domingo na Casa Viva no Porto e no fim de semana de 2 e 3 de Março na BOESG em Lisboa

Folheto em:

http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=114802&cidade=1

19.2.07

Esta Sexta Feira: Apoio ao povo Tchetcheno

DIA 23 de Fevereiro (21.00)
Conversa sobre “O Terrorismo de Estado na Rússia. A Guerra na Tchetchénia”

No dia 23 de fevereiro recorda-se a data de deportação de tchetchenos e outros povos em 1944, e corresponde a um dia de acções em apoio ao povo Tchetcheno em diversos países da Europa (França, Alemanha).


Cristina Dunaeva e Fernando Bonfim, assinando pela Ação Literária pela Autodeterminação dos Povos, são autores do livro “O Terrorismo de Estado na Rússia: a guerra na Tchetchênia nos descaminhos da industria da violência” (ed. Achiamé, Rio de Janeiro 2006). Fruto de trabalho de dois anos, procuraram contribuir com as lutas de movimentos pela autodeterminação do povo tchetcheno e de resistência à xenofobia, racismo e limpeza étnica no território da ex-URSS. O foco principal da publicação é o conflito dessa pequena républica situada na região a norte das montanhas do Cáucaso, iniciado em 1994 com a invasão do território pelo exército da Federão Russa. Há dois séculos que os tchetchenos são chamados de terroristas, ora pelos dirigentes do Partido Comunista da URSS, e agora por Putin e seus demais. Mas quem é terrorista nesta História? Quem utiliza a retórica do terrorismo nos dias de hoje e com quais objectivos? Quais os interesses comuns entre os governantes de Estados e os Empresários ligados à industria transnacional da violência?

Antecipando a conversa fica um pequeno artigo introdutório ao tema...

Imperialismo russo e a guerra na Tchetchênia:
os descaminhos da indústria da violência

Convidada pela Federação Internacional de Direitos Humanos para o IV Fórum Social Mundial, Lida Iussupova procura incansavelmente denunciar um dos mais graves genocídios contemporâneos: o extermínio generalizado e o terror militar causado pela guerra na Tchetchênia. Representante da ONG Memorial na cidade de Grozny, capital da Tchetchênia, Lida recebeu em abril de 1994 o prêmio Martin Ennals Award for Human Rights Defenders por sua luta em defesa dos direitos humanos.
Antes de retornar para Grozny, Lida (...) nos relatou as atuais condições de vida dos tchetchenos, a história das guerras, a resistência de seu povo contra a violenta ditadura do Estado soviético e, atualmente, contra os crimes de guerra das tropas militares russas.
Os povos das montanhas do Cáucaso Setentrional – tchetchenos, inguches, ossetas, kabardinos, balkaros, karatchai, tcherkesse e outros – sempre representaram entraves para as tentativas imperialistas euro-asiáticas: resistiram aos impérios tártaro-mongol, turco-otomano, russo e soviético. A geografia auxilia nas estratégias de resistência. A região montanhosa dificulta o acesso para as tropas dos invasores, enquanto as formas seculares de auto-subsistência das comunidades tradicionais colaboram para a sobrevivência.
Pastores nômades e agricultores, estes povos organizavam-se através de conselhos das comunidades e foram vistos como bárbaros e “atrasados” não só pelo Império Russo que tentou dominá-los durante longa e sangrenta Guerra do Cáucaso (1817-1864), mas também pelos dirigentes da União Soviética que se opuseram à criação de uma República Autônoma dos Montanheses, logo após a revolução de 1917.
Com a desintegração da URSS, a Tchetchênia novamente proclama a independência. Mas o poder imperial somente trocou de nome porque, em 1994, as tropas russas invadem a Tchetchênia. Começa a guerra, que dura até hoje – vitimando mais de 300 000 pessoas e fazendo cerca de 500 000 refugiados.

Comunidades tradicionais na Tchetchênia

A estrutura social das comunidades tradicionais na região da Tchetchênia e do Cáucaso Setentrional é formada por teipes. As teipes podem ser compostas por diversas famílias e, além disso, aceitam outros agregados em sua composição social, provindos de outras regiões.
As teipes são constituídas por uma vila ou por um conjunto de vilas. Todas as questões cotidianas referentes aos seus habitantes são decididas nos conselhos, compostos pelos anciãos das teipes e, em alguns casos específicos, por outros representantes da comunidade. O Conselho dos conselhos legisla sobre questões que envolvem o coletivo das teipes. Forma-se, ainda, o Conselho Maior, congregando todos os povos das montanhas.
A estrutura horizontal, participativa e representativa dos povos das montanhas se contrapunha às tentativas de estabelecimento de um Estado ou outras formas de hierarquização institucional. No caso de guerra, escolhe-se um líder, a quem todos os habitantes juram lealdade militar. A terra, as águas e os bosques pertencem aos habitantes das vilas. As tarefas de subsistência são realizadas pela própria comunidade, baseadas essencialmente na plantação de batata, milho e trigo, além das atividades pastoris. Pelas torres de pedra, a segurança da comunidade se faz através de atenta observação do território.

O Estado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS):
militarização, repressão e russificação

Após a criação da URSS, o processo de russificação e militarização no continente foi abrupto e violento. Abrupto por interromper e subjugar povos e comunidades que, por séculos, desenvolviam suas diversas formas de auto-governos. Em poucos anos, esse exercício de autonomia social foi substituído pela heteronomia estatal soviética (tal processo não fora exclusividade das ações do PC Soviético: em outros continentes, a formação e o desenvolvimento do Estado-nação caracterizou-se, essencialmente, pela usurpação das habilidades de auto-governo de comunidades tradicionais). Violento porque tais comunidades, descentralizadas e espalhadas pelo planeta, experimentaram a força dos modernos mecanismos de repressão militar combinados com a força de persuasão dos modernos mecanismos de propaganda e marketing. A sobrevivência do modo de vida comunitário autônomo fora encurralado. Assim, para compreendermos os conflitos atuais na Rússia provenientes da desintegração da URSS – como a guerra na Tchetchênia – percebemos que o processo de russificação, militarização e repressão constituiu a base das violações dos direitos humanos cometidos na época do governo imperialista da URSS.
A dominação pelo Estado das atividades comunitárias essenciais ao auto-governo social, tradicionalmente exercidas pela própria comunidade e núcleos familiares, se materializou através do surgimento de especialistas: estes passaram a apontar a melhor maneira para administrar a sociedade, gerir a economia, educar, remediar pequenas enfermidades, fazer sexo, lavar roupas, praticar esportes, parir crianças e enterrar os mortos. Indicam também a música da moda, explicam os motivos das grandes guerras e das catástrofes humanas, enfim, retiram de nós próprios as habilidades humanas de agir e emitir opiniões sobre nossas vidas. Aos especialistas do Estado é repassada a incumbência de gestão social. E a especialização da gestão social, por sua vez, nada mais é do que a radicalização da divisão do trabalho, processo capitalista iniciado com a Revolução Industrial, na Inglaterra, e globalizado através das grandes empresas transnacionais, na atualidade.
No caso do Estado soviético, a divisão do trabalho configurou-se na formação de uma classe social de gestores (dirigentes), empenhados em submeter a classe trabalhadora de camponeses e operários à nova ordem dita comunista. A operacionalização e implementação social dos mecanismos de lealdade aos dirigentes foram criados logo a partir das primeiras medidas de Lenin, principalmente na concepção da vetchka (ВЧК – Comissão Excepcional Superior, futura KGB) – os administradores, policiais e funcionários do Partido cuidavam para que toda e qualquer deslealdade significasse ato contra-revolucionário. No que se refere ao papel dos professores, estes já contavam inicialmente com amplo apoio do aparato estatal para universalizar o ensino obrigatório do idioma russo em todas as regiões da União Soviética. A nova ordem bolchevique procurava uniformizar, disciplinar e controlar a totalidade de centenas de povos que habitavam o extenso continente euro-asiático.
Os conflitos decorrentes desse processo, acentuados pela morte de milhões de pessoas com as repressões stalinistas (como a deportação de tchetchenos ordenada em 1944), são a origem das recentes guerras travadas entre o governo russo e os povos de ex-repúblicas soviéticas em torno da questão da autonomia política.

Atuais condições sociais na Tchetchênia

A infra-estrutura urbana da Tchetchênia foi destruída com a guerra. O sistema de canalização, os elevadores e a calefação nos prédios praticamente não funcionam. A população procura comprar água trazida de outros lugares. A eletrificação é reconstruída lentamente, improvisada em perigosas ligações clandestinas. As condições sanitárias estão em colapso. Apenas as avenidas centrais recebem limpeza adequada, enquanto nos demais locais acumula-se toneladas de lixo. No mercado central, ao lado das montanhas de entulho e outros detritos, comercializa-se carnes, verduras e frutas. O desemprego leva a população ao trabalho informal. Sem qualquer documentação, os trabalhadores são coagidos a pagar propina para a administração dos mercados. Além disso, são frequentemente assaltados por grupos armados e uniformizados.
O negócio mais lucrativo é a extração e refinação de condensador, atividade perigosa e extremamente prejudicial à saúde, assim como a coleta de metais e outros materiais nas fábricas abandonadas. Os coletores frequentemente se explodem com minas. O sistema de saúde é caótico. Além do tratamento dos feridos e enfermos, as crianças precisam de sério acompanhamento para reabilitação psicológica, pois muitas vezes permanecem longo período escondidas nos porões, sem alimentação adequada. A falta de vagas para as crianças nas escolas é permanente. Não há condições adequadas para o ensino, nem instalações para os estudos, nem sequer materiais escolares.
Dessa maneira, o resultado das recentes ações das tropas militares russas durante a guerra na Tchetchênia é a destruição da possibilidade de auto-governo comunitário naquela região, e o controle territorial da população na formação de guetos nas cidades, nas vilas rurais e nos campos de refugiados.

Refugiados

A situação de vida insustentável nas grandes cidades leva milhares de pessoas a fugir para as áreas rurais ou para os campos de refugiados, nas repúblicas vizinhas. Estas alternativas não amenizam os problemas, pois as vilas rurais são constantemente alvo das operações de limpamentos (bombardeios generalizados) pelas tropas russas, enquanto a precariedade e a instabilidade da vida nos campos de refugiados não possibilita qualquer esperança para os tchetchenos. Alguns arriscam um novo destino nos grandes centros urbanos da Rússia – como Moscou ou São Petersburgo – encontrando xenofobia, preconceito e repressão da polícia: são eternos suspeitos de terrorismo.

Política do medo cotidiano e a dinamização da indústria da violência

Mas a política de medo cotidiano não é novidade para a população russa, que já enfrentara outrora a paranóia do poder repressivo stalinista, as deportações e assassinatos em massa, a cultura de delatação de inocentes instaurada pelo PC soviético. A diferença é a mudança do alvo desta política de medo cotidiano. Se antes os agentes e espiões do livre mercado capitalista eram os inimigos, hoje as minorias étnicas parecem ser as responsáveis por toda a pobreza e falta de perspectiva na sociedade contemporânea russa: é necessário vigiá-las, julgá-las, caracterizá-las como potenciais suspeitos. Nesse sentido, a desigualdade social é camuflada pela diferença étnica.
Implementada globalmente em nosso planeta após os atentados políticos em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, a política de medo cotidiano tem dinamizado diversos segmentos econômicos ligados à indústria da violência. O fluxo de movimentação financeira proveniente da ampla cadeia produtiva desenvolvida através dessa indústria – produção de armamentos, serviços de “defesa” e segurança, soldados mercenários, financiamento de redes e atentados terroristas, diversificada produção cinematográfica e midiática, etc – representa o mais fundamental segmento da economia capitalista na atualidade.
As vantagens e promoções de produtos militares oferecidos pela Federação Russa atraem um amplo e diversificado leque de consumidores – desde o Brasil (negociações para a aquisição de caça-aviões Sukhoi), ou mesmo o governo venezuelano de Hugo Chavez, até o Estado de Israel. Dessa maneira, a guerra na Tchetchênia e suas implicações nas recentes formas de vigilância e controle da sociedade russa têm dinamizado os segmentos econômicos da indústria da violência naquele continente e, até mesmo, na América do Sul. E assim movimenta-se toda a cadeia produtiva da guerra.