29.12.06

Hoje e no Fim de Ano


Hoje no Clube festa a reverter para projectos libertários!!!
E para o 31 de Dezembro... vamos acabar o ano com D.P.E.!!!!!!

20.12.06

Antes do ano acabar, dias 27 e 29!!!



Próximas no Clube Aljustrelense, este vosso CCA Gonçalves Correia lembra que:

Dia 27, quarta feira à noite, vai haver a passagem do documentário sobre a experiência de 5 anos que foi o Centro Social Okupado e Autogestionado em Sevilla, seguindo-se conversa com quem lá andou...

É da troca de viveres que poderemos fazer mais e mais todos os dias que estão pela nossa frente.

E dia 29, sexta feira há uma festa (com mágnificos dj's...) com vista a angariar alguma guita para um companheiro preso lá fora. Apareçam!

14.12.06

Trocal no proximo domingo

8.12.06

Próximas agitações....



4.12.06

Programação Completa de Dezembro


DIA 7 Dezembro (quinta-feira)
21.00 Conversa “Punks e consumistas, onde pára a diferença…”
Deixando de lado as guerrinhas e novelas da treta, uma troca de ideias sobre o que se passa hoje com o Punk, assumido como uma atitude de protesto e alternativa, numa juventude marcada pelo consumo que tudo rotula e vende tudo o que vê à sua frente.

Concerto MPB (hc/punk/ska de durango, pais basco) + Gatos Pingados (punk de almada)

DIA 9 Dezembro (sábado)
21.00 Apresentação / Conversa do Coice de Mula nº8 *(Colectivo do CdM)
*a confirmar

E pela noite dentro… reggae & ska…

DIA 16 de Dezembro (sábado)

16h30 Workshop de Serigrafia.
Abrindo o caminho para uma oficina de serigrafia no Clube Aljustrelense…

Concerto com Violência Violeta (riot punk do oeste) + Disgraça (punk @politico de ferreira do alentejo)

DIA 27 de Dezembro (quarta-feira)
21h30- Passagem do documentário / debate
“Centro Social Casas Viejas de Sevilla okupado e autogestionado. 5 anos de ocupaçao”

E segue noite dentro com …. heavy metal…

Concerto e Conversa esta quinta feira


Informa & Resiste nº1 Folheto Anti G8

Aqui fica o link para descarregarem, imprimirem, fotocopiarem e divulgarem por tudo o que é sítio o folheto Anti G8 INFORMA & RESISTE feito na sequência da conversa ocorrida no passado dia 24 de Novembro...

30.11.06

Protestos contra o G8 em 2007

Decorreu no dia 24 a conversa com uma activista da Dissent!-Network! Desta resultou um pequeno folheto em jeito de zine que disponibilizaremos em breve a todos/as... Para já fica a convocatória da qual nasceram as infotours, como a que veio a Aljustrel.

E agora, algo novo
e completamente diferente…


Uma convocatória
global para a cimeira do G8 em 2007

“camp inski”, norte da Alemanha, Agosto de 2006

Já foram feitas muitas convo­catórias como esta – onde as pessoas levantam a voz para prot­estar contra um sistema interna­cional injusto, desigual e desleal. A cimeira do G8 representa parte dele. Muitos fizeram apelos para mobilizações e esperaram que as redes crescerem por si próprias. Apesar de tudo e inseguros de termos a receita certa, tentare­mos evitar o mesmo erro. Nós, o grupo de trabalho internacional de resistência ao G8, somos simplesmente um grupo de pes­soas no terreno, com vontade de mudar o mundo.

Apelamos a pessoas de todo o mundo para que se juntem a nós de maneira a expandir uma base para uma resistência forte e efi­caz, aqui e agora, contra a cimeira do G8 em Heiligendamm em 2007 –e no futuro- contra todo o maldito circo capitalista.

Futuramente e a partir desta mo­bilização pretendemos construir uma estrutura para uma resistên­cia global forte e contínua, be­bendo a sua força na diversidade. Apelamos para a criação de redes permanentes para partilha e ex­pansão de discussões e ideias além fronteiras, para que no futuro es­tas não constituam obstáculo.

Para tornar a resistência ao G8 o mais eficaz possível queremos facilitar a participação de pes­soas de todo o mundo – na pre­paração, partilha de experiências e nas próprias acções – tanto na Alemanha como no estrangeiro.
Isto implica várias coisas:

Publicaremos uma newsletter em duas vertentes – primeiramente para providenciar informação sobre os preparativos e discussões na Alemanha e no exterior. Em adição a isto, existirá um web site e uma mailing list em Inglês bem
como um forúm para a comuni­cação entre o grupo de trabalho e activistas, criando assim anteci­padamente uma forte rede inter­nacional. Para atingir estes objec­tivos pedimos a tua contribuição no que diz respeito a informação, experiências, assuntos, formas de acção, pontos de vista e ideias para uma resistência prática. Também solicitamos ajuda em traduções e distribuição de informação – a criação de grupos de tradutores de maneira a tornar a informação acessível a todos e voluntários para ajuda na impressão e dis­tribuição das newsletters nas suas comunidades locais.

Convidamos todos os interessa­dos a envolverem-se no próprio grupo de trabalho. E, principal­mente, convidamos-te a partici­par no encontro internacional, no primeiro ou segundo fim-de-semana de Fevereiro de 2007. A localização para o encontro ainda não foi escolhida mas será fora da Alemanha. O encontro dará es­paço a que todos participem em igualdade. Para possibilitar a tua presença, tanto no encontro de preparação como nos protestos na Alemanha, providenciaremos informação pratica e actualizada sobre os vistos e viagens, se for possível ajudaremos a financiar os vistos.

Este e outros projectos do grupo de trabalho exigem fundos, por isso, apelamos a quem tenha hipóteses de os angariar que nos ajude.

Tentaremos fazer todo o proces­so e acções de uma maneira mais aberta possível, coordenando e providenciando informação clara e relevante, através de formas de comunicação de fácil acesso.

Queremos mudança – não só para os nossos filhos mas para nós também. Convocamos-te para que te juntes a nós a fazer desta mobi­lização mais um passo, mais um prego no caixão do capitalismo internacional.

Contacto do grupo de trabalho
internacional:
G8-int@riseup.net; International mobilisation mailinglist: G8-int@lists.riseup.net
www.gipfelsoli.org; http://dissentnetzwerk.org

Conversa e Concertos no dia 7

concerto quinta-feira dia7 véspera de feriado.
mpb (punk/hc /ska do pais basco)
gatos pingados(punk almada)
Antes da festa conversa sobre
"punk, consumismo e estupidez... onde pára a diferença"
Deixando de lado as guerrinhas e novelas da treta, uma troca de ideias sobre o que se passa hoje com o Punk, assumido como uma atitude de protesto e alternativa, numa juventude marcada pelo consumo que tudo rotula e vende tudo o que vê à sua frente.

19.11.06

Esta Sexta-Feira 24 Novembro


21h- sessão de informação sobre a resistencia anti-g8/globalização

com um colectivo alemão da dissident-network!

Depois, às 22h30 concerto com alien squad velha guarda punkthrash de Leiria e 100talento crustpunk de Santo André.

14.11.06

Trocal de Messejana

O trocal de Messejana veio para ficar. Acontecerá no terceiro domingo de cada mês, a partir das 14h. Se estiver bom tempo a feira terá lugar na praça principal, se chover será no pavilhão.
A próxima troca está marcada para o dia 19 NOVEMBRO

Vê mais em: http://trocamos.blog.com/

8.11.06

J´M´EN FOUS (Suiça) dia 13 Segunda Feira

Punk experimental da Suiça, herdeiros de mossu raya e headheach...
adianta-te e espreita o que te espera segunda feira no Clube Aljustrelense em

6.11.06

Sessão de Informação dia 24 de Novembro


DIA 24 (Sexta-Fira pelas 21.00)
O próximo encontro do G8 terá lugar na Alemanha em Junho de 2007… E a resistência e o protesto incontornável a estas grandes cimeiras do Capitalismo e da Nova Ordem Mundial, que não mais deixou de atemorizar o(s) Poder(es), não aparece do nada,
e muito menos ao nada deve voltar!

Daí as sessões de informação, por parte de um colectivo anti-G8 da Dissent!-Network!, e que surgem e vêem sendo organizadas a partir de alguns encontros anti-G8. Eis o motivo da vinda e da conversa de alguns companheiros/as da Alemanha no próximo dia 24 de Novembro a Aljustrel (no Clube Aljustrelense pelas 21.00)
com o apoio do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia.

Porque é essencial intensificar e alargar os protestos que decorrerão e providenciar maiores laços e contactos entre activistas de diferentes regiões e países…

Continuaremos com José Couso. Sempre.

A melhor forma de expressar o resultado das conferências de Javier Couso, que em Aljustrel se fez acompanhar pelo companheiro Josep da campanha de Solidariedade com o Iraque, é pedir que sigamos com José Couso, nascido na Galiza e morto em Bagadad. Que sigamos sendo a voz daqueles que diáriamente vão sendo assassinados pelos neonazis dos nossos dias. O link que abaixo vos inidcamos poderá ser o primeiro passo, os seguintes deverão passar para lá destes teclados e não cair no afável esquecimento quotidiano dos que morrem longe das câmaras de televisão, que essas como vemos estão apontadas para outros lados... caso contrário, José Couso estaria entre nós.

http://www.iraqsolidaridad.org/

3.11.06

30.10.06

Conferências JOSÉ COUSO Um Crime de Guerra

Dia 2 de Novembro 21:00 h
Porto na Casa Viva 167 (Pç. Marquês de Pombal, 167)
com o apoio: Espaço Musas; CasaViva167, Tribunal Internacional do Iraque –Porto.

Dia 3 de Novembro (21.30)
Lisboa na BOESG (Rua das Janelas Verdes 13 1º Esq)
com o apoio do Centro de Cultura Libertária e da BOESG

Dia 4 de Novembro (17.30)
Aljustrel no Clube Aljustrelense
com o apoio do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia

Sobre o assassinato de José Couso

BREVE RELATÓRIO ACERCA DO ASSASSINATO DO JORNALISTA JÓSE COUSO PERMUY, CAMARAMAN DA TELE 5,
EM BAGDAD NO DIA 8 DE ABRIL DE 2003



No 8 de Abril de 2003 em Bagdad, Iraque, foram atacados sucessivamente os edifícios onde se encontrava a totalidade da imprensa independente acreditada nesse país.

Pelas 7.50 h. da manhã do dia 8 de Abril, a pedido da 3ª Divisão de Infantaria Blindada do Exército dos Estados Unidos, foi lançado um míssil a partir de um avião norte-americano contra as sedes da cadeia informativa Al Jazeera e da Televisão Abu Dhabi, que causou a morte do jornalista jordano Tarek Ayub e feriu o seu operador de câmara. Como consequência do bombardeamento aéreo ficaram presos 22 jornalistas de Abu Dhabi e 5 da cadeia Al Jazeera.

Às 10.46 h. do mesmo dia 8 de Abril, os carros de combate do 4º Batalhão do 64° Regimento Blindado, pertencentes à 3º Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, colocaram-se numa das extremidades da ponte de Jumhuriya, que se encontra a 1,5Km do Hotel Palestina. Neste hotel alojavam-se perto de 300 enviados especiais da imprensa internacional, facto conhecido tanto pela coligação anglo- americana como pelos iraquianos.

Pouco depois das 11.00 h. da manhã, o carro de combate norte-americano Abrams M1, pertencente à Companhia A do 4º Batalhão do 64° Regimento, girou a sua torre, apontou ao Hotel Palestina e, depois de vários minutos, disparou um projéctil HEAT contra o mesmo, à altura do piso 15.

José Couso Permuy, operador de imagem e jornalista da Tele 5, de nacionalidade espanhola, de trinta y sete anos de idade, casado, com dois filhos de seis e três anos, foi alcançado pelo impacto, enquanto se encontrava a filmar a partir do apartamento 1403 do Hotel Palestina situado em Bagdad, falecendo poucas horas depois no Hospital Ibn Nafis de Bagdad, por causa das feridas recebidas.

No ataque faleceu também Taras Protsyuk, jornalista da Agencia Reuters, que se encontrava no apartamento 1503, e foram feridos gravemente Samia Najul, jornalista libanesa, Paul Pasquale, coordenador de satélite, de nacionalidade britânica, e o fotógrafo iraquiano Faleh Kheiber, para além de vários feridos de menor gravidade.

A pessoa que disparou desde o carro de combate Abrahms M-1, foi o Sargento Gibson. O seu superior imediato, o capitão Philiph Wolford, foi quem autorizou o disparo, e quem ordenou disparar contra o Hotel Palestina, foi o Tenente Coronel Philiph de Camp, superior do capitão Philiph Wolford e comandante do 4° Batalhão do 64° Regimento Blindado, a que pertencia a mencionada Companhía A. Finalmente, o responsável último, foi o general Blount, chefe da 3ª Divisão Blindada.

As sedes da Al Yazira, a televisão de Abu Dhabi, e o Hotel Palestina encontravam-se a 500 metros de distancia, sendo todas elas atacadas pela 3ª Divisão de Infantaria Blindada do Exército dos Estados Unidos.

A sede da Al Yazira estava situada num edifício residencial, e havia proporcionado as coordenadas das suas instalações em Bagdad ao Pentágono desde há dois meses, além de que enormes bandeirolas com a palavra TV cobriam o edifício.

O Hotel Palestina, era o hotel onde se haviam alojado a maioria da imprensa internacional. Alguns jornalistas haviam residido antes no Hotel Rashid, mas o Pentágono havia anunciado aos seus chefes que o Rashid era um objectivo militar e recomendou-lhes que se transferissem para o Hotel Palestina. Por tudo isso, os jornalistas sentiam-se seguros no seu interior.

O carácter civil destes edifícios, e que neles se alojava a imprensa internacional era conhecido pelas forças anglo-americanas e pelos comandos norte-americanos.

Numa entrevista recolhida pelos Repórteres Sem Fronteiras no dia 8 de Abril, o Coronel David Perkins da 2ª Brigada de 3ª Divisão de Infantaria e superior hierárquico dos acusados mencionou: “Aos soldados demos-lhes ordens de não disparar contra o hotel, inclusive se lhes alcançavam disparos procedentes do Hotel”.

O Secretario de Estado norte-americano Colin Powell reconheceu a 1 de Maio numa entrevista emitida pela Televisão Espanhola: “We Knew that hotel was full of journalist and others, and that´s why we´ve never targeted it. “ (“Sabíamos que o hotel estava repleto de jornalistas e outros e por essa razão nunca o pusemos como alvo”)

O ataque por um dos seus carros de combate contra o Hotel Palestina, assim como a agressão às sedes da Al Yazira e Abu Dhabi, foi reconhecido desde o princípio pelo Comando Central Aliado em Qatar, justificando-o, no caso do Hotel Palestina, pela existência de um franco-atirador no telhado.

Mas nenhum dos jornalistas presentes no lugar e testemunhas dos factos, confirmou esta tese. Pelo contrário, todos coincidem que no momento dos acontecimentos a situação era muito tranquila e que o carro de combate apontou o seu canhão, durante dez minutos, antes de disparar.

Por parte do governo dos Estados Unidos deram-se até três versões diferentes, culminando estas com uma “investigação” interna auspiciada pelo Governo Ucraniano na qual determinaram que as suas forças actuaram em “defesa própria” quando se encontravam debaixo de fogo e que o disparo ao Hotel Palestina tinha como objectivo acabar com um observador que coordenava os ataques sobre as suas posições, acabando esse fogo após o único disparo sobre o Hotel.

Esta versão choca com as centenas de testemunhas presentes, as gravações das câmaras da TF1 (Televisão Francesa) ou com as próprias imagens que o próprio José Couso gravou até ao momento da sua morte, e onde não se observa combate algum na meia hora anterior ao disparo que lhe causou a morte, o qual, inclusive, colide com o próprio Manual de Combate em Zonas Urbanas do Exército dos Estados Unidos, cujos protocolos de actuação perante um observador inimigo não coincidem, em nenhuma medida, com as actuações que culminaram com o disparo ao Hotel Palestina.

Cabe assinalar que o relatório elaborado pelo Exército dos Estados Unidos não reúne, nem na sua apresentação nem nos seus critérios de elaboração, as garantias para o considerar como INDEPENDENTE, aproximando-se mais a um mero relatório de carácter interno e auto-desculpabilizador.

Sendo os nossos países signatários da Convenção de Genebra que protege o estatuto civil dos jornalistas nas zonas de conflito e havendo sérias duvidas sobre a actuação das forças dos Estados Unidos nos ataques às três sedes informativas mencionadas anteriormente, vemo-nos na necessidade de que os nossos representantes europeus instam o governo dos Estados Unidos à realização de uma investigação verdadeira e independente que clarifique os factos e que apure as responsabilidades que deles possam advir.

A morte em circunstâncias estranhas de um cidadão europeu, no exercício da sua profissão de informador deve ser clarificada e não pode restar nenhuma sombra de dúvida ou responsabilidade no ar.

Aí reside a liberdade de informação e a credibilidade como nação europeia.
Estrasburgo, 8 de Março de 2005 (entregue ao Parlamento Europeu)

25.10.06

Programação de Novembro



Como já devem ter reparado há alterações na programação de actividades de Novembro no CCA. Esta é agora a seguinte:


DIA 4 NOVEMBRO: Conferência com Javier Couso (17.30 no Club Aljustrelense)
"JOSÉ COUSO: UM CRIME DE GUERRA. A OCUPAÇÃO DO IRAQUE"
DIA 24 NOVEMBRO: Conferência sobre o G8
(mais detalhes em breve)


O previsto Ciclo de Conversas sobre o Anarquismo no Alentejo, fica adiado para data a apresentar. Não está esquecido.

A par das conversas, há concertos previstos para o Clube Aljustrelense:

4 de Novembro (21.00) SOPAS DE CAVALO CANSADO e DESKARGA ETÍLICA
16 de Novembro (21.00) DEAD WESTERN (US) (na foto)
24 de Novembro (21.00) ALIEN SQUAD

24.10.06

Dia 4 de Novembro Conferência: José Couso, Um Crime de Guerra. A Ocupação do Iraque.



Conferências com JAVIER COUSO:
Porto (2.11) Lisboa (3.11) Aljustrel (4.11)

Conferência acerca do assassinato pelo exército norte-americano do repórter de imagem José Couso em 2003 e da ocupação do Iraque. O caso judicial encontra-se presentemente no Tribunal Supremo Espanhol após a queixa-crime que dera origem a um mandato de “Busca e Captura Internacional por Crimes de Guerra” contra os autores materiais do assassinato (a primeira na história contra militares norte-americanos), ter sido arquivada num claro aviso da Audiência Nacional Espanhola à navegação para que se calem os jornalistas que são os nossos ouvidos e os nossos olhos…

Acerca de Javier Couso:

Irmão de José Couso, repórter de imagem da Tele5 assassinado pelo Exército dos Estados Unidos de América, em Bagdad a 8 de Abril de 2003.

A partir da morte de José e com outras pessoas cria a associação Hermanos, Amigos y Compañeros de José Couso (HAC-José Couso), que desenvolve uma incessante actividade com vista a exigir uma investigação e justiça, tanto para o assassinato de José como dos outros três companheiros mortos no mesmo dia, ao serem atacadas todas as sedes informativas independentes estacionadas em Bagdad.

Viajou duas vezes ao Iraque ocupado, a primeira com o objectivo de denunciar e homenagear José no mesmo lugar do seu assassinato e agradecer o trabalho dos serviços de saúde pública daquele pais no esforço generoso em salvar a sua vida. A segunda como integrante da Delegação Espanhola que no âmbito da Campanha de Emergência Sanitária pôs em marcha a CEOSI (Campanha Estatal contra a Ocupação e pela Soberania do Iraque). Uma semana na qual se estabeleceram contactos com um amplo espectro de organizações, civis e políticas do campo anti ocupação. Esta delegação, foi a primeira que consegui entrar em Faluja depois da devastação causada pelo ataque criminoso de Novembro de 2004 por parte das forças militares norte-americanas, constatando tanto os crimes de guerra cometidos como o uso de armamento proibido por as diversas Convenções Internacionais que conformam o Direito Internacional Humanitário.

Tem participado deste modo em dezenas de conferencias no seu país e em diversos eventos internacionais (Argentina, Cuba, Bélgica, Estados Unidos, Palestina, Venezuela, Parlamento Europeu…) tornando público a análise dos factos sucedidos no dia 8 de Abril em Bagdad, inseridos dentro do controlo informativo da ocupação do Iraque, país no qual se tem conseguido bloquear e controlar praticamente todas as fontes informativas independentes.

Que sirva como exemplo que nestes três anos e meio de ocupação foram assassinados mais de 100 jornalistas independentes.

Toda a Informação em http://www.josecouso.info/ ( link ao lado)

16.10.06

Próximo Sábado!! Sobre as Prisões...

Sessão sobre os Transgénicos

A sessão sobre os Transgénicos decorreu com razoável participação com a presença do Fernando da Rede Colher para Semear (a propósito da qual devem ver a reportagem que faz a capa da revista Pública de ontem 15.10) e do André Vizinho da Associação GAIA (link ao lado do site deles) que aproveitou ainda para nos dar a conhecer o projecto do Centro de Convergência em Odemira (Aldeia das Amoreiras). Novos vizinhos e amigos que certamente sobre os quais falaremos e participaremos juntos mais daqui em diante aqui pelo alentejo. A noite prosseguiu animada com as Ervas Daninhas!

6.10.06

Folheto sobre OGM para a conversa do dia 7

Poderão encontrar o pequeno Folheto sobre As culturas Geneticamente Modificadas em

http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=109896&cidade=1

Lê e divulga.

Transcreve-se nele o artigo de Francisco Curado Teixeira (2004) "Alimentos Transgénicos. Perigos para a Agricultura, Ambiente e Saúde".

Vê também a página da Plataforma Transgénicos Fora do Prato, nos links deste Blog.

4.10.06

TROCAL em Messejana dia 22 de Outubro


Uma Feira da Ladra para trocar tudo.
Um domingo animado sem dinheiro. Uma iniciativa da Esdime.

3.10.06

Dia 7 Conversa e Concerto

26.9.06

Sábado dia 7 a conversa é sobre OGM


É já dia 07 de Outubro, Sábado, que terá lugar uma conversa sobre As Culturas Geneticamente Modificadas, junto do Clube Aljustrelense, em Aljustrel pelas 17.00. Será ainda exibido o documentário A Comida do Futuro (legendado em Português). Segue-se a janta e concerto.

E porquê esta conversa?

Porque o perigo rodeia-nos. Ao promover este encontro, numa fase em que se pretende lançar cada vez mais sementes geneticamente modificadas à terra, sabemos que não estarmos minimamente informados do que realmente são estas novas plantas e que possíveis vantagens ou consequências sociais, económicas e ecológicas possam dai advir. Isto tendo em conta:

- A fragilidade dos sistemas produtivos da nossa região;
- A dependência das explorações do sistema financeiro e factores de produção exteriores.

Inúmeras são as questões que se colocam perante estes novos organismos a que o Ministério da Agricultura abriu as portas:

- O que são realmente os Organismos Geneticamente Modificados, também conhecidos por Transgénicos?
- O que é e como funciona o sistema de patentes?
- Que compromissos estão implícitos ao agricultor?
- Quem são as empresas que os produzem e quais as suas intenções?
- Que riscos ambientais acarreta?
- Quais as razões que levaram tantos países da União Europeia a interditar este tipo de culturas?
- Quais as vantagens e as desvantagens para o agricultor?
- E para o consumidor?
- São os transgénicos a resposta à crise agrícola nacional?

Urge de todo o interesse aumentar o debate sobre este tema, com a participação do agricultor e consumidor preocupado.

Organização Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia e da Colher Para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais.

E se estás mais a norte a Conversa sobre OGM é na CasaViva nº167 na Praça Marquês de Pombal no Porto, às 17.00 no mesmo dia. Um debate integrado no II Festival Copyriot – Gente sem Patente (vê programa completo em http://copyriot.azine.org/).

As actividades já tiveram inicio!

Sábado passado o Clube Aljustrelense acolheu o debate inaugural do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia! Juntaram-se os companheiros/as de Aljustrel e arredores, com os compas de Lisboa, do extinto espaço O Monte, de Setúbal, pelo também findo espaço da Zaragata ( A COSA essa resiste), de Almada o Centro de Cultura Libertária, e por fim do Porto o Espaço Musas, sem esqueçer das Salamadras em Torres Vedras. Juntaram-se experiências e muita vontade de falar. Certamente a conversa abriu muitos caminhos de discussão, mas a preocupação comum era visivelmente abordar a vida desses espaços, ou mais abragentemente, dos projectos autogestionados e/ou libertários aí desenvolvidos. A relação destes com a envolvente social, por um lado, e a dinâmica anarquista (ou falta dela) a eles associado, por outro lado, constituiram alguns dos eixos da conversa. Não fosse o apetite dos estômagos falar mais alto, a conversa ia bem mais longe, mas julgamos poder-se concluir ter sido proveitosa para todos/as. E, como tal, isso vai pedir algo mais que estas palavras, pelo que faremos publicar algo em breve a partir daí. ...A seguir ao paleio, foi janta e reggae sound system pela noite fora...
Ah!, e não esqueçer que ao lado da sala de ensaios do Clube toma já forma a biblioteca do CCA, para já aberta aquando das actividades.

16.8.06

PROGRAMA Setembro a Dezembro 2006

23 Setembro
Espaços Autogestionados e Projectos Autónomos:
O que fazer com eles?

No início das actividades regulares daquele que pretende ser mais um desses espaço de resistência, agora em Aljustrel, convidamos para uma troca de ideias alguns dos envolvidos em projectos afins: os seus objectivos e funcionamento, as várias experiências e de como abrir mais ainda as suas portas… Convidados: CCL (Almada); Zaragata (Setúbal); Terra Viva (Porto); Espaço Musas (Porto); BOESG (Lisboa); CEL (Lisboa); O Monte (Lisboa).

7 de Outubro
Transgénicos

Porque é urgente insistir e alertar sobre os riscos das culturas de Organismos Geneticamente Modificados para a agricultura, a biodiversidade e a saúde pública. Como consumidores ou como produtores dos campos do Baixo Alentejo. Convidados: Semear Para Colher Ass. Portuguesa de Variedades Tradicionais

21 de Outubro
Abaixo os muros
Em torno das Prisões em Portugal

Conversa sobre a barbárie e os brandos costumes portugueses, salvo seja, as prisões e a indiferença desumanizada desde lado de cá dos muros… Convidados: ACED (Associação Contra a Exclusão e pelo Desenvolvimento); Colectivo Corta Correntes (Setúbal); Cruz Negra Anarquista (Porto)

4 de Novembro
Conversa + projecção de vídeo
[Forat de la Vergonya]

Espaços de resistência sobre o urbanismo selvagem: uma praça ocupada em Barcelona. Um documentário que serve de alento à conversa.

17 e 18 de Novembro
O Anarquismo no Alentejo

I Ciclo de Conversas de uma série de apresentações sobre a história do anarquismo e das lutas sociais no Alentejo. Programa a Anunciar.

16 de Dezembro
Punks e consumistas, onde pára a diferença


Deixando de lado as guerrinhas e novelas da treta, uma troca de ideias sobre o que se passa hoje com o Punk e o HardCore, assumidos como atitudes de protesto e alternativa, numa sociedade e juventude marcada pelo consumo que rotula e vende tudo o que vê à frente.


Fica atento, o Programa será regularmente actualizado com
+ informações + concertos no Clube + pormenores das actividades acima anunciadas !!!

Quem é Gonçalves Correia?


Gonçalves Correia
Memória Anarquista do Baixo Alentejo

C.C.A. Gonçalves Correia
Ao novo esforço de alguns companheir@s em dinamizar um Centro de Cultura Anarquista, surge um novo espaço em Aljustrel e ao mesmo tempo um novo nome: Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia.
António Gonçalves Correia (1886 – 1967), caixeiro viajante, vegetariano e tolstoiano, é hoje ainda uma figura humana que perdura na memória de muitos alentejanos, na história da sua luta social, na imagem do “revolucionário” que percorria o Baixo Alentejo na difusão do ideal anarquista.
Figura justamente celebrada, pelas edições do empolgante CD “No Paraíso Real” (ao qual Gonçalves Correia dava a capa e motivo de alguns dos testemunhos orais acerca da “revolta e utopia no sul de Portugal”) e sobretudo pela pequena biografia da autoria de Alberto Franco “A Revolução é a Minha Namorada. Memória de António Gonçalves Correia, anarquista alentejano” (da qual se remetem as citações que se seguem) a qual procura “fazer justiça ao movimento anarquista português de princípios do século, cuja memória foi meticulosamente apagada por 48 anos de ditadura, mas também por algumas forças de esquerda, ansiosas por monopolizar o combate ao Estado Novo”.
A vida de Gonçalves Correia cruza-se pois com a história da primeira metade do século XX, política, económica e social. Cruza-se e funde-se com o emancipar das ideias anarquista, com as lutas anarco-sindicalistas das minas de Aljustrel, São Domingos ou Lousal, com as lutas dos camponeses do Alto ao Baixo Alentejo e com os vários grupos e jornais anarquistas de Portalegre e Évora, a Odemira ou Cercal do Alentejo, etc. Sobre os princípios de vida de Gonçalves Correia, a sua biografia chama a atenção para que quem hoje olhe para os “tópicos da cultura libertária de há 100 anos, não deixará de se surpreender com a actualidade de muitas das propostas. Com efeito, grande número dos princípios que enformam a nossa modernidade – a liberdade, a emancipação da mulher, a defesa do amor livre, a ecologia, o respeito pelos animais, o naturismo, certos estilos alternativos de vida – mergulham as suas raízes na velha moral anarquista”.
Certos do reconhecimento da autêntica sementeira e germinal de valores e princípios anarquistas na actual “modernidade”, pese o seu persistente escamoteamento, não chegamos porém a concluir, como Alberto Franco, que “um século depois, estão socialmente consagrados muitos dos postulados do pensamento libertário, fruto de um debate intelectual estimulante e, sob muitos aspectos, antecipador”. Os postulados anti-autoritários do pensamento libertário travam mais do que nunca uma luta pela sua vitória, e nesta luta a memória histórica do anarquismo agita-se hoje ainda, no debate, na prática, e nos novos desafios que colocados à velha moral anarquista não a condenam à velhice, antes a estimulam incorrigivelmente a prosseguir na “Felicidade de todos os seres na Sociedade Futura”, como já apelava o nosso anarquista de S. Marcos da Atabueira.
Por esses motivos e pela referência de unidade de um outrora anarquismo no Baixo Alentejo, apelidamos o nosso Centro de Gonçalves Correia. Sem que isso necessariamente resulte comungarmos totalmente da corrente libertária tolstoiana de Gonçalves Correia: pacifista, na condenação de todas as formas de violência; pela transformação do indivíduo através da bondade e da fraternidade. Um tom essencialmente moral, que contudo comunga no movimento libertário com correntes mais centradas na acção directa (seja ela violenta ou não) dos mesmos objectivos emancipadores do homem ao Estado e à autoridade. Nesse sentido demarcamo-nos à partida de qualquer tendência, nem tão pouco pretendemos o catecismo de qualquer anarquismo, considerando-nos antes mais como uma porta aberta a tod@s, à margem de rótulos e muito menos de tribalismos.
Notemos como tal, a noção de socialismo que nos é dada por Gonçalves Correia (do opúsculo de 1917 “Estreia de um Crente”, a sua primeira obra, a que se seguirá em 1923 “A Felicidade de todos os Seres na Sociedade Futura”): “… bom, será definirmos o que é o socialismo, pois temos duas espécies: temos o socialismo parlamentar, nocivo, intervencionista (…) e temos o socialismo libertário, consciente, da acção directa, que só por si faz tremer os cómodos barões que desfrutam os benefícios do património comum. Esse sim. É o socialismo do futuro, sem deputados, sem eleições, sem o deprimente «carneiro com batatas», que corrompe consciências, que aniquila caracteres”. Notemos-lhe o intento alter-globalizador “sentido que a humanidade só será feliz no dia em que der as mãos, alheia à fraternidade oficial, uma mentira repugnante, [pelo que Gonçalves Correia] declara-se anti-patriótico”, reivindicando a “abolição das fronteiras, separadoras de povos, de raças”.
Os inúmeros laços da vida e a obra de António Gonçalves Correia com os dias de hoje são a justa homenagem para um Centro de Cultura Anarquista no Alentejo do século XXI.
António Gonçalves Correia: acima de tudo, um anarquista
J. M. Carvalho Ferreira
Alberto Franco fez um trabalho de investigação exemplar: conseguiu resgatar os traços essenciais da trajectória da vida de um homem que tentou viver a anarquia de uma forma muito sui generis. Embora já tivesse oportunidade de ler dois pequenos livros de António Gonçalves Correia - Estreia de um Crente (1917); A Felicidade de todos os Seres na Sociedade Futura (1921) -, Alberto Franco não somente soube extrair os elementos analíticos e ideológicos cruciais que configuraram o pensamento desse grande anarquista alentejano, como também contextualizou socio-historicamente a sua luta e sua vida nos parâmetros do imaginário colectivo e práticas do anarquismo durante o século XX em Portugal. Os conteúdos e as formas do pensamento, assim como as experiências comunitárias, de António Gonçalves Correia, mais do que nunca, devem ser objecto de um exercício de interpretação e de compreensão por todos aqueles que se dizem libertários. Na minha opinião, existem três razões plausíveis que me levam a fazer estas afirmações. Em primeiro lugar, o pensamento e as formas de intervenção social de António Gonçalves demonstram à saciedade que a anarquia, enquanto um ideal, uma filosofia, uma ética e uma estética, é sempre possível de ser interpretada, explicada e vivida consoante cada indivíduo ou grupo que aspira à construção de uma sociedade sem deuses e sem amos. A visão tolstoiniana que António Gonçalves Correia tem da anarquia leva-o a abraçar um tipo de anarquismo naturista e pacifista, numa época em que predominavam as teorias e as práticas do anarco-comunismo e do anarco-sindicalismo. Não admira assim que a sua intervenção social fosse marginal no contexto dos movimentos sociais e do anarquismo que tinham maior expressão nas primeiras décadas do século XX em Portugal. Em segundo lugar, os exemplos comunitários de construção e de experimentação social anarquista no contexto das sociedades capitalistas, como foram os casos emblemáticos da Comuna da Luz, sediada em Vale de Santiago, entre 1917 e 1918, e a Comuna Clarão, sediada em Albarraque, entre finais da década de vinte e princípios da década de trinta do século XX, revelaram-se extraordinariamente importantes, na medida em que essas duas experiências se traduziram em modalidades práticas de utopias concretas. Essas experiências, ainda que tenham soçobrado e tenham sido atravessadas por uma série de contradições e conflitos, revelaram sobremaneira que não existe dissociação espácio-temporal entre reforma e revolução, entre teoria e prática, e sobretudo entre a utopia com um sentido histórico absoluto e a utopia com um sentido histórico relativo. Com esses tipos de experimentação social comunitária, António Gonçalves Correia e as outras pessoas que participaram nesse processo demonstraram quão difícil é traduzir na prática os princípios estruturantes da emancipação social: liberdade, fraternidade, amor e solidariedade. Em terceiro lugar, os exemplos subjacentes aos princípios e práticas do anarco-naturismo e do anarco-pacifismo que atravessaram a vida quotidiana de António Gonçalves Correia revestem-se de uma grande actualidade. Na verdade, quando hoje à escala mundial assistimos à destruição progressiva da natureza, com especial incidência na evidência empírica que nos é transmitido pela poluição atmosférica, camada do ozono, morte dos rios, florestas e mares, a atitude de António Gonçalves Correia em relação às espécies animais e vegetais é de uma força simbólica inimaginável. Comprar passarinhos que estavam prisioneiros nas gaiolas aos comerciantes que os vendiam nas feiras do Alentejo para depois os libertar, ou desviar-se com a sua bicicleta dos caminhos percorridos pelas formigas para não as matar, são exemplos paradigmáticos de como nós devemos agir para se construir um equilíbrio ecossistémico entre todas as espécies animais e vegetais. São exemplos significativos que não basta lutar exclusivamente pelo fim da opressão e exploração entre os seres humanos, mas também contra a opressão e exploração destes sobre as outras espécies animais e vegetais. Enfim, um livro para ler e aprender com a vida de um homem que não se vergou aos ditames do progresso e da razão, aos desígnios e estratégias do capital e do Estado. Alberto Franco, A revolução é a minha namorada - Memórias de António Gonçalves Correia, anarquista alentejano. Ed. Câmara Municipal de Castro Verde, 2000.

6.8.06

Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia

Em 2003 o Centro de Cultura Anarquista em Ferreira do Alentejo juntou na difusão do pensamento libertário diversos companheir@s da região. A perca do espaço levou à estagnação das actividades, passando o espaço de encontro a concentrar-se posteriormente em Aljustrel, onde o AnarkoPunk tem sido uma animação esporádica no Club Aljustrelense. É pois agora junto deste espaço recreativo, que ressurge o Centro de Cultura Anarquista, agora C.C.A. Gonçalves Correia. Os objectivos permanecem os mesmos, mas queremo-los mais vivos e sólidos: isto é estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas e abertas @ tod@s diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca e dêem viva voz ao protesto social.

Encontramo-nos assim junto do Club Aljustrelense que, a poucos anos do seu centenário, deixa para trás o quadro conservador que o fundou e, ao invés deste, alberga nele alguns daqueles que mais herdam da memória anarco-sindicalista da vila mineira. Porque reafirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia, mas porque, informal e livremente, queremos que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.
Afrontados por estes mais de 30 anos que nos viram nascer, nos prometeram revoluções e nos impuseram ser uma geração esvaziada de ideias e repleta de consumismos, partilhamos e partimos hoje, daquilo que os mineiros de um século atrás afirmavam em Aljustrel: de que, “se fossemos vaidosos enfileiraríamos ao lado dos políticos socialistas ou republicanos, campo aberto a todos os ambiciosos. Somos, porém, humildes porque somos operários, aspirando somente a juntar o nosso insignificante esforço aos dos que sinceramente lutam pela emancipação de todos os filhos do Trabalho. Temos pouca instrução, é certo, mas somos sinceros, sabendo apenas dizer o que sentimos, o que sofremos”[1]
[1] Citação do Sindicato Mineiro no O Sindicalista, de 5.Jan.1913 em Guimarães, P. (2001), p.250.