Em 2003 o Centro de Cultura Anarquista em Ferreira do Alentejo juntou na difusão do pensamento libertário diversos companheir@s da região. A perca do espaço levou à estagnação das actividades, passando o espaço de encontro a concentrar-se posteriormente em Aljustrel, onde o AnarkoPunk tem sido uma animação esporádica no Club Aljustrelense. É pois agora junto deste espaço recreativo, que ressurge o Centro de Cultura Anarquista, agora C.C.A. Gonçalves Correia. Os objectivos permanecem os mesmos, mas queremo-los mais vivos e sólidos: isto é estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas e abertas @ tod@s diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca e dêem viva voz ao protesto social.
Encontramo-nos assim junto do Club Aljustrelense que, a poucos anos do seu centenário, deixa para trás o quadro conservador que o fundou e, ao invés deste, alberga nele alguns daqueles que mais herdam da memória anarco-sindicalista da vila mineira. Porque reafirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia, mas porque, informal e livremente, queremos que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.
Afrontados por estes mais de 30 anos que nos viram nascer, nos prometeram revoluções e nos impuseram ser uma geração esvaziada de ideias e repleta de consumismos, partilhamos e partimos hoje, daquilo que os mineiros de um século atrás afirmavam em Aljustrel: de que, “se fossemos vaidosos enfileiraríamos ao lado dos políticos socialistas ou republicanos, campo aberto a todos os ambiciosos. Somos, porém, humildes porque somos operários, aspirando somente a juntar o nosso insignificante esforço aos dos que sinceramente lutam pela emancipação de todos os filhos do Trabalho. Temos pouca instrução, é certo, mas somos sinceros, sabendo apenas dizer o que sentimos, o que sofremos”[1]…
[1] Citação do Sindicato Mineiro no O Sindicalista, de 5.Jan.1913 em Guimarães, P. (2001), p.250.
Encontramo-nos assim junto do Club Aljustrelense que, a poucos anos do seu centenário, deixa para trás o quadro conservador que o fundou e, ao invés deste, alberga nele alguns daqueles que mais herdam da memória anarco-sindicalista da vila mineira. Porque reafirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia, mas porque, informal e livremente, queremos que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.
Afrontados por estes mais de 30 anos que nos viram nascer, nos prometeram revoluções e nos impuseram ser uma geração esvaziada de ideias e repleta de consumismos, partilhamos e partimos hoje, daquilo que os mineiros de um século atrás afirmavam em Aljustrel: de que, “se fossemos vaidosos enfileiraríamos ao lado dos políticos socialistas ou republicanos, campo aberto a todos os ambiciosos. Somos, porém, humildes porque somos operários, aspirando somente a juntar o nosso insignificante esforço aos dos que sinceramente lutam pela emancipação de todos os filhos do Trabalho. Temos pouca instrução, é certo, mas somos sinceros, sabendo apenas dizer o que sentimos, o que sofremos”[1]…
[1] Citação do Sindicato Mineiro no O Sindicalista, de 5.Jan.1913 em Guimarães, P. (2001), p.250.
3 comentários:
fico contente em saber que tá tudo a ir para a frente
ate breve
A//E
Também fico muito contente por saber que existe um Centro de Cultura Anarquista em Aljustrel e que tem um nome em dedicação a um grande lutador libertário. Numa época em que a vida era dura e que a opinião individual era amordaçada autoritariamente, a luta deste Homem, é para mim, uma acção soberbamente louvável. Obrigado António Gonçalves Correia por ter contribuido para que eu vivesse num mundo melhor. A minha luta, possivelmente, nunca chegará aos calcanhares da sua. O Mundo agradece a quem teve a iniciativa de criar um Centro de Cultura Anarquista em Aljustrel.
não esquecer que tudo começou em ferreira do alentejo com um grupo de 4 companheiros anarquistas , e o c.c.a. continua , vergamos mas nao quebramos , abraço a todos os companheiros que continuam com o c.c.a.
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